segunda-feira, setembro 20, 2010

Embaixada

Estamos cada vez mais distantes de saber como o mundo deveria ser. Vejo a maldade, o egoísmo, a promiscuidade, a opressão, a violência crescerem como nunca. Não se sabe mais qual é o papel dos pais e o dos filhos na criação. Leis são necessárias para regular coisas absurdas, como a mais recente que proíbe os pais de disciplinarem seus filhos com castigos físicos. É claro que não os defendo, mas deveríamos saber como criar filhos sem que o estado precisasse intervir. A que ponto chegamos?
Até mesmo nas coisas mais básicas, nas concepções mais primitivas, estamos perdidos. Embora o nosso corpo afirme a nossa sexualidade, agora querem dizer que o sexo está na cabeça e não no órgão. Assim não se deve mais colocar na certidão de nascimento de alguém: sexo feminino ou sexo masculino. Como se poderia perguntar a um bebê qual é sua opção sexual?
Diante de tudo isso, só posso dizer que o mundo enlouqueceu e que está cada dia mais distante daquilo que Deus planejou. Fico pensando que é muita misericórdia Deus não destruir tudo e recomeçar, como Ele já o fez outras vezes com Noé, Sodoma e Gomorra, Tiro, Babilônia etc.
Jamais uma máquina funcionará para finalidade diversa daquela para a qual foi criada. Até podemos usar facas para apertar parafusos, mas ela não estará sendo bem aproveitada e não funcionará bem e com a praticidade de uma chave-de-fenda. Assim é a humanidade. Não tem a menor ideia de para que foi criada, a que veio e também não tem a menor vontade de descobrir. Para que buscar o Criador? Para que gastar tempo pedindo a Ele revelações acerca de mim mesma se posso facilmente obter dEle tudo de que preciso para cumprir o "meu" propósito e não o Seu?
Quando penso em como está o mundo hoje, temo por meus filhos. Os valores estão distorcidos, o mundo se encaminha para o caos. O que posso fazer então?
Resolvi morar numa embaixada. E o que é uma embaixada? É um pedaço de um país em outro país: pode ser um pedaço dos Estados Unidos no Brasil, um pedaço do Brasil no Japão, um pedaço do Japão na África do Sul.
Na embaixada, fala-se a língua do país de origem, come-se o que é costume no país, mantêm-se os hábitos, os costumes, as tradições, submete-se àquelas leis da nação proveniente.
Assim como não se pode esperar comer feijoada na Embaixada do Japão, é absurdo se esperar o bem num mundo que jaz no maligno. É preciso conhecer os estrangeiros e tentar se relacionar com eles para não enlouquecer numa terra cujos costumes são tão diferentes. Por isso a Bíblia nos chama de peregrinos, forasteiros: Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma (I Pe 2.11).
Deus tem propósitos específicos para nós. Fomos criados para uma vida muitíssimo superior a esta que vivemos aqui. Por isso mesmo a Bíblia chama este tempo em que estamos aqui de um breve tempo. Vida de verdade teremos lá no céu, onde cumpriremos o propósito, seremos revestidos da imortalidade e da incorruptibilidade e estaremos onde sempre deveríamos ter estado. Lá sim está a nossa terra, a nossa casa, a nossa língua, as nossas leis.
Enquanto estiver por aqui, decido não me adaptar às leis desta terra. Isso não quer dizer que não obedeça às leis brasileiras. Vai muito além. Decido morar na Embaixada do Céu neste país chamado Brasil e mover-me de acordo com as leis da minha pátria original, que são muito superiores às daqui. Quero conhecer profundamente as leis da minha pátria, que estão lá na Bíblia, falar a língua do reino de Deus e responder diante dEle por tudo o que eu faço, o que é infinitamente mais difícil do que responder diante dos homens, pois Deus tudo sabe e tudo vê.
Também quero conhecer muitos estrangeiros que falam a minha língua e visitar muitas embaixadas do céu espalhadas por aqui. Meu corpo e minha alma anseiam pelo projeto original de Deus.

Grande beijo, compatriota!

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