terça-feira, setembro 28, 2010

Aprendendo com a Experiência

Gosto muito de escrever, de conversar, de trocar experiências, por isso o que vou escrever hoje é totalmente pessoal, mas talvez possa ajudar você em alguma coisa.
A Bíblia diz que o motivo de todo fracasso e de toda dor é a falta de sabedoria. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento (Os 4.6). Ouvi uma frase que guardei no meu coração e sempre penso nela: “Tudo de que precisamos para ter uma vida próspera está ao nosso alcance; só precisamos reconhecer”. Assim não é possível que tenhamos problemas em qualquer área da nossa vida que não advenha da falta de competência no gerenciamento do assunto. Dessa forma, não temos problemas financeiros, mas falta-nos sabedoria para lidar com o dinheiro. Não temos problemas no casamento; falta-nos sabedoria para lidar com a outra pessoa ou para desenvolver satisfatoriamente o relacionamento e por aí vai...
Hoje quero esclarecer um texto que custou-me entender: Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio (I Tm 2.12). Vejo mulheres muito mais bem dotadas para o ensino do que muitos homens, aliás, acho que temos certo dom para o negócio, por isso achava difícil compreender esse texto. Na minha casa e na de muitas mulheres que conheço os homens não conseguem sequer ensinar as crianças a fazer dever de casa. Nem fico mais chateada com isso. Já assumi como minha função mesmo. Basta os meninos passarem dez minutos fazendo dever com o Ricardo para se ouvir choro. Realmente ensinar não acho que seja o forte deles. Então por que Deus disse isso aí? Aprendi com a experiência e quero contar pra você.
Eu estava em casa sábado quando o Ric chegou do ensaio com uma perguntinha básica: “Gata, o que você acha que eu devo fazer em relação a isso, isso e isso”? Na verdade, quando um homem faz uma pergunta desse tipo normalmente o que ele quer é ser ouvido e não ouvir sua esposa dizer o que faria em seu lugar. E eu, na minha santa sabedoria, resolvi pregar para ele e dizer tudo o que Deus vinha me dizendo nos últimos dias a respeito de situações correlatas. Não durou quatro frases para que ele ficasse nervoso e me dissesse: “Eu não sei por que você precisa incomodar Deus com essas coisas se eu mesmo já disse que é assim, assim e assim”. Pense no quanto fiquei chocada. Eu estava apenas respondendo a pergunta dele, mas ele ficou furioso.
Na hora o texto daí de cima veio à minha mente combinado com aquele outro que diz: Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa (I Pe 3.1). Na verdade, ambos os textos são muito parecidos. Por isso repito: Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio (I Tm 2.12). O primeiro texto fala sobre não usar palavra alguma e este termina com: “esteja, porém, em silêncio”. O que tudo isso quer dizer? Que a mulher não deve falar? Que deve engolir sua opinião? Absolutamente. Os mandamentos do Senhor são protetores. Eles só tendem a impedir que sejamos feridas.
Quando a gente começa a entender as coisas de Deus, tudo muda. É muito parecido com a experiência que temos como filhas e depois como mães. Enquanto somos filhas, nossa visão acerca do mundo é uma. Quando mudamos de lado, passamos a entender muito melhor a posição da nossa mãe e ainda decidimos repetir muita coisa que nem gostávamos que ela fizesse por entender como aquilo foi bom para nós (conclusão a que demoramos muito a chegar). Quando uma mãe diz a seu filho: “Não ponha o dedo na tomada” não quer impedi-lo de ter uma experiência, mas, sim, de se machucar. O mesmo acontece com a Palavra de Deus. O Senhor não quer nos impedir de termos prazer, mas de sermos feridos, por isso nos avisa. Se conhecêssemos mais a Bíblia, erraríamos e sofreríamos muito menos.
Frequentemente os maridos não são corrigidos pelas esposas. É muito raro isso acontecer. Precisamos orar para que Deus levante profetas que os ajudem. Por ser o marido o cabeça da mulher, assim como Cristo é o cabeça dele próprio, é muito mais prudente orar para que Deus envie a ele um conselheiro do que tentar empreender mudanças, principalmente se para isso for preciso usar as palavras. Ambos os textos frisam que os maridos são ganhos “sem palavra”. Na verdade, em síntese, o que o texto quer dizer é que influenciamos silenciosamente, sem pressão, sem discursos, sem tentarmos demonstrar uma visão ou uma posição superior. Realmente isso não funciona. Nas famílias cujo domínio é das mulheres e estas ainda estão com seu marido dificilmente elas são felizes e realizadas. Essa disputa de poder nunca foi propósito de Deus. É precioso mesmo ceder a honra.
Sei que é uma experiência muito pessoal e que talvez não se aplique ao seu caso, mas, de qualquer sorte, busque o Espírito Santo e o você saberá tudo de que precisa. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor (Ef 5.17).

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