quarta-feira, outubro 20, 2021

Guardião

Bom dia, guardião!      

Faz um tempo que Deus vem falando comigo sobre o tema “guardião”. Na verdade, há alguns anos, decidi que meu próximo livro se chamará “Guardiãs”. Uma hora ele sairá!

O texto em que quero me basear é este aqui: “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”. (Sl 127:1b)

O papel da sentinela é importantíssimo. E quem era a sentinela? Eram pessoas colocadas no muro da cidade, feito geralmente para se andar em cima. As sentinelas ficavam estrategicamente posicionadas como guardiãs. De dia e de noite, vigiavam os portões. Quando viam algum perigo, eram as primeiras a agir, rapidamente mobilizavam a todos para que providências fossem tomadas. Sem o trabalho delas, a cidade poderia ser invadida.

O Salmo acima fala sobre duas pessoas guardando uma cidade: o Senhor e a sentinela. Todo trabalho na terra deve ser feito assim: homem e Deus em parceria. Se Deus fizesse tudo sozinho, a sentinela seria desnecessária. Por outro lado, se a sentinela não contar com a ajuda de Deus, sua vigilância de nada adiantará. Se não tiver a quem recorrer, se não puder dar o alerta sobre o perigo a quem possa resolver, o trabalho da sentinela será inútil.

A Bíblia compara nosso Deus a um vigia. Veja só o que diz o Salmo 121.2,3: “O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda [o guardião] de Israel”.

O guardião é o primeiro a ver o mal, a avisar o chefe do exército. Como é importante esse trabalho!

A igreja de Jesus, ou seja, cada um de nós está na terra para ser um guardião. Para isso, é preciso discernimento, porque muitas vezes o mal vem disfarçado de bem. Sorrateiro, vestido de anjo de luz, mentiroso, malicioso, falso. O mal não se apresenta como é, e tem mil desculpas para se justificar. Sintonia com o Espírito Santo nos torna sensíveis para reconhecer o que está diante de nós, mesmo que não o vejamos.

Reconhecido o mal, é hora de ir ao Chefe do Exército, o poderoso Senhor dos Exércitos. Ele tem sempre uma estratégia. Nunca deixa Seu exército abandonado. Cuida dele extremamente bem. É digno de toda confiança, de toda glória. Nunca fica para trás. Ele é o primeiro a sair à guerra, vai à frente do Exército e um sopro de Sua boca é suficiente para debelar qualquer mal.

Como guardiões, precisamos:

1) nos posicionar – os muros não podem ficar descobertos. Devemos estar no lugar certo, na hora certa, fazendo a coisa certa. Muitos não estão nos muros. Muitos estão nos muros, mas não estão alertas. Muitos estão nos muros, alertas, mas não estão dispostos a fazer o que é preciso: avisar o Senhor dos Exércitos;

2) exercer a vigilância – é muito importante estar atento, porque habitamos uma terra perigosa. Não podemos nos enganar achando que estamos entre amigos. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. O mundo nos odeia – graças a Deus! Não nos misturamos, não compactuamos com o mal, não cedemos às sugestões do mal, não somos subornáveis. “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (Jo 15:18);

3) dar o alerta – de nada adianta um guardião se ele vir o perigo, mas não avisar a quem pode tomar as providências. E esse aviso é algo que não pode ser retardado. Tem de ser urgente, enfático. E também é bom lembrar que de nada adianta avisar a pessoa errada. Nem todas as pessoas estão aptas a resolver certos problemas. Um comerciante não pode convocar um exército, por isso, de nada adiantaria avisá-lo da ameaça. Na verdade, ele pode até mesmo colocar tudo a perder, pois, se promover o pânico, causará um problema ainda maior.

Veja o que a Bíblia diz a nosso respeito:

“Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas [guardiões], que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra.” (Is 62:6,7)

Nós somos os guardiões designados por Deus. A terra depende de nós, as pessoas clamam por nós, há muito a fazer. Apesar dos perigos que enfrentamos, não precisamos entrar em pânico. Somos do exército vencedor. Nosso Superior jamais perdeu uma batalha, e jamais perderá. Lembrar que é Ele quem luta nossas batalhas, quem vai adiante de nós é libertador.

É tempo de orar e vigiar! É tempo de confiar! É tempo de descansar no poder do Senhor dos Exércitos!

“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31)

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