Um pouco mais - Arautos do Rei

Você e eu temos saudades de um lugar onde nunca estivemos, de Alguém que nunca vimos, de um relacionamento que precisa ser restaurado em sua plenitude. Nosso coração clama por Deus, pelo céu. Não estamos confortáveis nesta terra. Nenhum relacionamento, por melhor que seja, supre nossa real necessidade de afeto. Há algo mais profundo, há um ímã que nos atrai para um outro lugar que não é aqui, para os braços de Alguém que nos ama tanto, tanto, e que nós também amamos, mesmo de forma tão imperfeita, tão limitada, mesmo sem saber.

Hoje posto para você um vídeo de uma música que me acompanha desde sábado, quando fui a um Encontro de Quartetos onde Deus falou muito ao meu coração.
A música fala que está faltando apenas um pouquinho para o Senhor vir nos buscar. Talvez você diga: “Há quanto tempo se fala sobre essa volta de Jesus e Ele não voltou”. De qualquer maneira, hoje estamos mais perto de Sua volta. Pode ser hoje, pode ser agora...

Sei que você, como eu, se sente incomodado com o mundo atual, com a falta de caráter de muitas pessoas, com a falta de educação de muitas crianças, com um frio absurdo decorrente do mesmo incômodo que sente a criação desde que saiu do eixo por causa do pecado. A criação geme (Rm 8.19)... Nós gememos...

Há algo maior, há algo melhor, há um céu nos esperando. E diante disso, qualquer sucesso neste mundo significa nada. Diante da oportunidade de estar lado a lado com Deus, qualquer desafio, tribulação e angústia parecem pequenos. Paulo sentiu isso, por isso chamou nossas tribulações de breves e momentâneas – Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação (II Co 4.16,17). Há uma eternidade de glória esperando por nós.

Que este vídeo fale tanto com você quanto fala comigo.

Breve Jesus voltará! Prepare-se.

Assista que é bênção

Testemunho Pr. Márcio Valadão - I Congresso de ... 13 min - 30 Abr 2011 - Carregado por djonines O Pastor Márcio Valadão dirige a Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte e muito tem contribuído com a expansão do ... youtube.com

Obrigado

"Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” (Colossenses 3.23-24).

Todo homem quer glória e recompensa por tudo o que faz. E realmente penso que isso é devido. Gostaríamos muito de gastar a nossa vida apenas descansando, passeando, fazendo o que nos agrada, trabalhando para nós mesmos. Isso não é possível. Então, já que temos que trabalhar para alguém, nada mais justo do que receber por isso. Nem falo apenas de receber dinheiro. Em muitos casos um simples ato que demonstre gratidão cai bem.

Mas por que não nos contentamos com um MUITO OBRIGADO? Porque somos insaciáveis. Dificilmente achamos suficiente o que nos devolvem pelo trabalho que fazemos. Valorizamos nossas obras e esperamos que os outros também as valorizem. É aí que mora o problema. Estabelecer uma devida proporção entre o que se ganha e o que se paga é tarefa complicada. O trabalhador sempre acha que ganha pouco, o patrão sempre acha que paga demais.

Ingratidão e insatisfação são duas coisas terríveis. Parecem doença contagiosa. É muito difícil conviver gente assim e não se deixar contaminar. Estar satisfeito com o que nos dão é coisa rara. Há inúmeros sindicatos de trabalhadores prontos para reivindicar direitos, mas nunca vi um só marcar uma reunião de agradecimento porque receberam um aumento. Normalmente a conversa é: "Sabe por que nos deram esse índice? Porque ganham muito mais nas nossas costas".

Se colocarmos o nosso foco nas pessoas, no que podem nos dar e no que merecemos, dificilmente conseguiremos obedecer ao Senhor no que diz respeito a estar contente em toda e qualquer situação. Pessoas são falhas, recursos são escassos.

O texto que postei acima corrige o nosso foco. Diz que tudo o que fizermos deve ser feito para o Senhor, pois, na verdade, uma recompensa justa e adequada só pode vir dEle. E virá.

Deus tem me dado entendimento de algumas coisas e quero repartir com você. Tudo o que eu faço, absolutamente tudo tem um sentido espiritual. Toda vez que eu trabalho para as pessoas, que eu as sirvo de alguma maneira, eu as OBRIGO a me recompensar. Por isso a resposta devida é no mínimo OBRIGADO.

É claro que nem sempre as pessoas beneficiadas pelo meu ato podem me recompensar. Por exemplo: quando dou dinheiro a algum andarilho, não espero que ele me recompense. Mas há uma lei espiritual que diz: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). Veja que esse princípio espiritual vincula causa a certo efeito, mas não há na Bíblia parte alguma que diz que se colhe no mesmo lugar onde se semeia, que há uma obrigatoriedade nisso.

O que quero dizer com tudo isso? Se semeia, terá que receber; se faz algo por alguém, embora este alguém devesse ser OBRIGADO a recompensar, pode não fazê-lo, afinal, gente é gente. Mas de forma alguma qualquer atitude humana será capaz de invalidar uma palavra que vem do próprio Deus. Se Ele disse que TUDO o que o homem plantar vai colher, é porque vai mesmo.

As coisas físicas, repito, geram registros espirituais. Desde o céu, Deus está atento para as obras dos homens. Ninguém deve pensar que está nesta vida por acaso, agindo inutilmente. Em relação às Suas ordens, Deus sempre se vincula no processo. Quando o Senhor diz algo, quando uma lei Sua está em ação, Ele está cuidando para fazê-la cumprir. Assim não há nada ao vento, solto por aí. O bem ou o mal que fazemos está sendo observado e computado e voltará a nós mais cedo ou mais tarde pelas mãos de alguém não importa quem seja.

Por tudo isso, a Bíblia nos instrui a fazer muitos atos de bondade, a ter obras e não apenas palavras.

Seus atos de bondade são uma poupança espiritual maravilhosa. Voltarão a você em algum momento. E como a recompensa vem de Deus, pode esperar laços e fitas embalando seu presente.

Obedeça à ordem do versículo acima. Faça tudo como para o Senhor, porque ninguém melhor do que Ele para recompensar, afinal de contas, Sua medida é "recalcada, sacudida e transbordante".

Bom fim de semana.


Beijos.

Mães e filhos

Mães e filhos não são duas pessoas; são uma só em corpos distintos. Amor de mãe é uma coisa espetacular. Capaz de tudo, pronto para qualquer sacrifício, disposto e disponível.

O mês de maio é dedicado à família lá na igreja. Estamos num jejum de 21 dias em prol dos nossos. Deus tem me falado muito acerca desse tema. Desde que li o livro de João, ou melhor, desde que reli os evangelhos há algumas semanas, esse assunto tem me acompanhado. Tudo o que leio na Palavra abre meus olhos para esse relacionamento. Como já compartiLhei aqui, tem épocas em que Deus começa a nos falar de modo muito específico.

Esta tem sido uma semana de grandes batalhas espirituais para o povo de Deus. A desmoralização da família é o assunto da pauta. O Congresso está por decidir a legalização de muitos direitos do grupo GLBT. Isso nem me deixa chocada. Não espero uma santificação do mundo, pois está escrito que ele jaz no maligno. Espero uma santificação própria e da minha família e vou batalhar por ela. Estou disposta a pagar por isso, mesmo que seja necessário viver aqui como uma extraterrestre, abdicar de direitos e privilégios, abrir mão de coisas lícitas, sofrer.

O centro das minhas meditaçōes nem tem sido o meu relacionamento com o meu marido, mas minha missão de mãe e quero compartilhar algumas coisas que entendi aqui acerca desse assunto.

As mães são as maiores responsáveis pelo bem-estar físico, espiritual e emocional dos filhos. Ouvi uma mensagem em que se disse que as mães resolvem problemas emocionais. Se isso é verdade, e eu penso que o seja, a responsabilidade é muito maior do que se possa imaginar.

Temos vivido uma época em que cuidar de si mesmo é a palavra de ordem. A palavrinha "eu" está no centro do nosso universo. Quem de nós mães consegue realmente se alegrar por ter que fazer deveres com as crianças quando chega à casa, por ter que trocar uma fraldinha, providenciar um alimento, dar banho, realizar tarefas domésticas? Queremos transferir todo esse trabalho sabe por quê? Porque não dizem respeito ao "eu", ao "meu", ao que “eu quero”, ao que gosto.

As escolas estão cheias de crianças que têm babás, motoristas, professores de mil atividades extras, porque as mães não têm tempo ou não querem tê-lo para a sua família.

Hoje entendi que a minha honra está nos meus filhos. Quanto maiores eles forem, maiores eu serei. De outro lado, preciso ser muito grande para transferir a eles a honra que eu mesma conquistar, portanto, não trabalho só para mim, mas para eles; não vivo só para mim, mas para eles; não semeio só para mim, mas para que tenham o que colher.

Assim como Deus transmitiu a Jesus toda a Sua glória, eu quero transmitir aos meus filhos o melhor de mim e o máximo que eu puder conquistar. Para isso preciso mudar muito ainda. Cada característica que encontro nos meus filhos que me desagrada pergunto a mim mesma e ao Espírito Santo se não foi de mim que herdaram ou se de mim receberam. Quanto da Juju e do Víctor sou eu?

Jesus disse que por amor aos Seus discípulos, se santificava. O que nós pais temos feito por amor aos nossos filhos?

A Bíblia diz que não são os filhos que juntam para os pais, mas os pais para os filhos. Quero dar a eles aquilo que Deus deu a Jesus e a mim. Eu me concentrarei em transmitir aos meus filhos valores eternos, atitudes e pensamentos que os levem cada dia para mais perto de Deus, pois, quanto mais perto dEle, mais perto de mim.

Que Deus abençoe meus filhos e não me permita atrapalhar os Seus planos de bem que tem para a vida deles.

Beijo.

De tal maneira

Hoje li este texto aqui: "Muito antes de criar o mundo, Deus nos escolheu para pertencermos a Ele; naquela época Ele decidiu fazer-nos santos aos seus olhos, sem uma única falta - a nós, que nos encontramos diante dEle cobertos com o Seu amor" (Ef 1.4). Imagino que você esteja estranhando a versão. É da Nova Bíblia Viva.

O amor de Deus é realmente impressionante. Aí em cima diz que Ele escolheu nos fazer santos aos Seus olhos. Isso quer dizer que não importa a opinião dos outros a nosso respeito. Para Ele nós somos santos e ponto final.

É triste, mas libertador ver que ainda não amo como Deus. De uma maneira muito simplória, gostaria de fazer algumas comparaçōes acerca desse amor apenas para exemplificar, porque penso que é algo que devemos compreender.

Quando começamos um relacionamento de namoro, nossas expectativas são elevadíssimas. Os olhos estão fechados para os defeitos e abertos para tudo o que é bom. Mesmo o menor ato de bondade é recebido com grande alegria e aquelas coisas não muito boas justificáveis. Há grande disposição para o perdão, para a tolerância, para ouvir, para compreender, para recomeçar.

Com relação aos filhos, ocorre algo semelhante. Quando pequenos, cada gracinha é motivo de festa. Achamos engraçadas as palavras erradas, os tropeços, o que fazem para serem notados e até sua braveza. Podem chorar a noite inteira, mas depois que os pais dormem um pouquinho os tratam com pura doçura.

Acho que essas são as formas mais gostosas e puras de como nós, na nossa simplicidade, somos capazes de amar.

Não sei o que acontece ao longo do tempo, mas é fato que tudo muda. Os objetos de tanto amor, de repente, podem se transformar em responsáveis pelo nosso desconforto. O namorado tão esperado se transforma no marido insuportável para muitas mulheres. O filho tão gracioso se transforma no adolescente revoltado. O que pensamos sobre eles se reflete nas nossas palavras, nos nossos gestos, nas nossas expectativas. O casamento vira um grande fardo, e do filho tão desejado espera-se apenas que vire dono do próprio nariz, responsável por seus próprios atos e não demore a sair de casa.

Volto ao texto acima. Está escrito que aos olhos de Deus eu sou uma pessoa santa, sem uma única falta. Não é que Ele desconsidere meus erros. O fato é que todo tempo Ele sempre esteve disposto a pagar por eles e fará o que for preciso para que o nosso relacionamento seja maravilhoso. Se não for assim, a culpa jamais será dEle, pois nEle se revela somente amor, compaixão, misericórdia capaz de zerar a minha conta todas as manhãs não importa quão grande ela seja.

Toda a iniciativa para um bom relacionamento parte de Deus. Eu mesma não fiz nada para merecer esse amor que é totalmente gratuito e muitas vezes unilateral - somente dEle para comigo.

Por que temos tanta dificuldade de amar assim? Por que esperamos uma recompensa ou pelo menos o reconhecimento?

Eu deveria amar como Jesus. Preciso amar assim. Isso é "amor de tal maneira", como está escrito lá em João 3.16 - "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".

Para Deus eu sou: a menina dos Seus olhos, uma delícia, um bom perfume, uma filha amada, uma noiva imaculada.

Pergunto: você já consegue amar assim - de tal maneira? Quem é o seu filho para você? E o seu marido?

Dormirei pensando nisso. Boa noite!

Entenda as vírgulas

Bom é louvar ao SENHOR, e cantar louvores ao Teu nome, ó Altíssimo; para de manhã anunciar a Tua benignidade, e todas as noites a Tua fidelidade (Sl 92).

Devemos ler a Bíblia assim como lemos um livro que será cobrado em prova ou de uma forma até melhor. Precisamos estar atentos para entender o que o Espírito Santo quer dizer com as palavras ali contidas, tentar assimilar, aplicar. Quando gostamos muito de uma matéria, cada novo capítulo do livro interessa. É preciso sentir o mesmo quando se expõe à Palavra. Isso é natural? Para mim não foi, não. O hábito de ler precisa ser cultivado. O primeiro livro que lemos parece enfadonho. Depois de muito treinamento, de insistência mesmo, começa a ser prazeroso.

Todas as palavras da Bíbia têm um propósito específico. Assim como na lei cada vírgula tem um significado, o mesmo ocorre lá. Parlamentares gastam muito tempo discutindo vírgulas, porque sabem que elas podem mudar tudo. Uma letrinha na Bíblia também pode mudar tudo. Entender o sentido de cada palavra faz grande diferença.

Ontem fui surpreendida com o texto aí de cima que fala sobre como é bom louvar ao Senhor, anunciar de manhã a Sua benignidade e de noite a Sua fidelidade. Duas palavras me chamaram a atenção e quero compartilhar algumas reflexōes sobre elas aqui: benignidade e fidelidade. Por que devo anunciar a benignidade de manhã e a fidelidade de noite? Porque eu não poderia anunciar a fidelidade de manhã e a benignidade à noite? Aí tem.

Mais uma vez quero dizer aqui no blog o que entendi ser benignidade: uma disposição não só de agir em prol do bem, mas também de pensar sempre o bem acerca do outro. A benignidade se manifesta no interior, mas parte lá do íntimo. Muitos fazem o que é correto, mas por dentro estão “pagando para ver”. Benignidade não é isso. É uma conexão entre o bem que se sente e o bem que se faz.

Está escrito: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim; são novas a cada manhã (Lm 3.22). O que tudo isso quer dizer? Mesmo que eu tenha cometido ontem os piores pecados, mesmo que eu tenha entristecido o coração de Deus, mesmo que o dano provocado por mim seja irreparável, os pensamentos de Deus a meu respeito hoje são que eu farei tudo diferente, que eu vou agir melhor, vou corresponder às Suas expectativas. O Senhor não está esperando que eu erre para dizer: "Eu sabia". Não. Todas as manhãs Ele espera de mim o melhor. Ah, como quero ser benigna!

A segunda palavra é fidelidade. O que entendo disso? Fidelidade quer dizer, entre outras coisas, o compromisso de cumprir com o prometido. Então seria correto dizer que à noite nós podemos olhar para o dia que tivemos e dizer: "Deus cumpriu Suas promessas". Mas é mais do que isso. Já contei aqui do dia em que Deus me falou que revelaria a mim a Sua fidelidade e eu disse a Ele que sempre soube que Ele cumpre o que promete. Então me disse que não é apenas isso que Sua fidelidade quer dizer, mas também o fato de Ele estar envolvido com tudo aquilo que Ele faz.

Deus não me fez com cuidado, conforme está escrito lá no Salmo 139, e depois disse: "Agora se vire. Cuide da sua vida". Não. Quem entrega a sua vida a Ele O tem envolvido em absolutamente tudo. Sua fidelidade quer dizer que Ele está cuidando daquilo que Ele mesmo fez, que não desamparou as obras de Suas mãos, que nunca nos deixará, nunca jamais nos abandonará. Ainda que uma mãe se esqueça do filho que amamenta, não é possível que Ele se esqueça de nós. Por isso está escrito: Reconhece-o em todos os teus caminhos e ele endireitará as tuas veredas (Pv 3.6). Por que posso reconhecê-lO em todos os meus caminhos? Porque Ele está em todos eles, Ele é fiel. Aleluia!

Hoje mesmo, desde a hora em que acordamos, as expectativas de Deus a nosso respeito são as melhores. Ele espera que vivamos um dia maravilhoso. Seus pensamentos sobre nós são de paz. Com Sua fidelidade, nos guiará se aceitarmos Sua condução. Ele aceita estar envolvido na nossa vida, aliás, Ele está sempre à porta, batendo. Se alguém ouvir e abrir, Ele entrará e ceará com o anfitrião. Se conseguirmos reconhecê-lO nos nossos caminhos, se permitirmos que Ele se envolva na nossa vida, se nos entregarmos a Ele, se estivermos dispostos a voltar ao projeto original, a vitória estará garantida.

Alegre-se hoje. Deus é com você.

Bom dia!

Vale assistir

Olá, pessoal!

Hoje é sábado. Que maravilha! Ah, é também véspera do Dia das Mães. Não perca a oportunidade de estar junto com a sua família, que é sempre o nosso porto seguro.

Hoje vou deixar com vocês o endereço de um vídeo que assisti e me abençoou muito mesmo. Espero que você também tenha um tempinho para ver neste final de semana. É longo, mas tem liçōes tremendas.

Bom fim de semana, feliz Dia das Mães e muitas, muitas bênçãos sobre você e a sua família.

Beijos.

- 71 min - 27 abr. 2011 - Vídeo enviado por Alcibiades232 O casal Pr. Gustavo Bessa e Ana Paula Valadão contam testemunho de vida no I Congresso de Pastores e Esposas da Lagoinha www.youtube.com/watch?v=XdRcTj9xXnU

Expectativas

Quanto mais libertamos os outros, mais livres tornamos a nós próprios. É assim: quando infligimos a alguém um castigo, temos que vigiar para saber se estão sendo cumpridas as nossas determinações, então acabamos tão presos quanto esse alguém. Mães sabem bem disso. Se o filho está de castigo de televisão, nós também não assistimos ou, se o fazemos, é com grandes restrições.

Uma das maneiras mais cruéis de escravidão está nas expectativas. Não falo do sentido bom dessa palavra que está em esperar mudanças para melhor, mas no sentido de sempre olhar para os outros desejando que façam, sejam ou ajam como gostaríamos. Quando exigimos muito dos outros, afligimos a nós próprios.

Como eu já disse outras vezes, quando Deus começa a nos ensinar uma lição, vai fundo e não desiste. Ele tenta de uma maneira, de duas, muda as personagens, muda os métodos, mas ensina. Aliás, devo me corrigir aqui. Ele desiste, sim, quando vê que não há no nosso coração o menor desejo de aprender. Como não dá para passar à lição seguinte, permite que morramos no deserto e tenta de novo com a próxima geração. E por que estou dizendo tudo isso? Porque este post aqui tem tudo a ver com o anterior.

A lição ainda é o contentamento - "aprendi a viver contente em toda e qualquer situação". Para viver assim, é imprescindível livrar-se das expectativas.

Este domingo será o Dia das Mães. Pense comigo: para uma mãe cujos filhos tem poucos recursos uma flor pode ser um presente maravilhoso. Quer dizer, se a expectativa é pequena, fica fácil agradar. De outro lado, se o filho é uma pessoa de muitas posses, até mesmo uma joia pode não ser recebida com muita alegria. Se a expectativa for ganhar um carro, uma joia poderá decepcionar. Quando as exigências são muito altas, é muito difícil agradar. A palavra de ordem então deixa de ser contentamento e se transforma em frustração.

Tenho analisado minhas reações diante de tudo o que me cerca e descobri que ainda estou longe de ser como Paulo: estar contente em toda e qualquer situação. Quem ler todo o texto a que faço referência, que está lá em Filipenses 4, verá que ele diz que tanto sabe ser honrado quanto ser humilhado, tanto ter de tudo quanto viver em escassez. O que isso quer dizer? "Não espero ser o melhor, nem ter o melhor. Estou livre de grandes expectativas". Para quem vive assim o que vier é lucro.

Jesus saiu do céu para salvar gente que não o receberia. A Bíblia diz que Ele veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam. Quando não era celebrado em algum lugar ia para outro. E agia assim sem sofrer, sem xingar, sem esbravejar, sem acusar. Ele não tentou fazer ninguém agir como Ele mesmo. Aceitava cada um como era. As mudanças por que esperava não tinham prazo. Ele esperou Pedro entender o que Ele estava ensinando, esperou os discípulos amadurecerem antes de os enviar como mensageiros e espera até hoje por mim e por você.

Estou certa de que Deus quer que nós, assim como Paulo, vivamos contentes em toda e qualquer situação, celebremos cada uma das estações, nos deleitando com o calor do verão, admirando a beleza da primavera, nos aquecendo no inverno e nos alegrando no outono. Quem tem bons olhos consegue ver a beleza de cada estação, o privilégio de cada dia, a bênção de cada relacionamento.

Espero estar ficando cada dia mais contente, cada dia menos exigente comigo e com os outros.

Beijos.

Contentamento

Em tudo dai graças (I Ts 5.18).

Fazemos muitos planos, temos muitos sonhos, nossos pensamentos nos levam a lugares muito distantes da nossa realidade. Isso é um grande privilégio. Que bom ter sanidade mental! Só há um problema com os nossos desejos: nem sempre o que consideramos ser o melhor é realmente o melhor. Para escolher o melhor é preciso maturidade.

Imagino que você saiba muito bem o que estou tentando dizer. A ideia que as crianças têm de melhor inclui televisão no lugar das tarefas, sanduíche em vez de almoço, chicletes a qualquer hora, dormir tarde, não ser disciplinado e não frequentar a escola. Eu também achava tudo isso muito bom quando era criança.

Depois que crescemos, nossa perspectiva da vida muda. Sabemos que as visitas ao dentista nem sempre são agradáveis, que o dinheiro do chiclete poderia ser empregado em outra coisa, que dormir cedo faz bem para o corpo e a mente, que os deveres de casa são necessários, que é muito bom ter um emprego que pague bem, que quanto mais cedo sairmos da escola melhor.

A maturidade traz muito conhecimento e ela não se limita ao aspecto terreno e temporal. Tem tudo a ver com o aspecto espiritual também. Paulo disse: "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino" (I Co 13.11).

Sabe por que somos tão insatisfeitos com a nossa vida? Porque ainda somos meninos na alma e no espírito. Vemos a vida sob uma perspectiva infantil. Só descobrimos que algo era realmente bom quando o perdemos.

Deus me falou para dar graças em todo tempo e por todos os motivos. Creio firmemente que nosso nível de satisfação com a nossa vida, de aceitação de quem somos e de nossas potencialidades tem tudo a ver com o nosso conhecimento de Deus, que é o que chamo de maturidade espiritual. Depois de anos de ministério, Paulo foi capaz de dizer: "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação" (Fl4.11). Ele era contente quando tinha muito, contente quando tinha pouco; contente quando estava tudo bem, contente quando estava aflito; ele era contente quando estava sozinho e contente quando estava rodeado de pessoas.

Frequentemente o que acontece conosco é que dependemos de coisas, circunstâncias e pessoas para estarmos desta ou daquela maneira.

Aprecio as pessoas firmes. Meu pai é um homem assim. Ninguém é capaz de tirar dele a paciência, nem de demovê-lo de alguma posição quando ele está convicto. Você pode dizer o que quiser, fazer chantagem emocional, apelar para qualquer motivo que ele faz o acha que deve ser feito e, mais do que isso, dificilmente uma pessoa consegue mudar o seu humor. Ele não se deixa afetar pelo mal.

Quero ter essa firmeza em mim. Preciso treinar a mim mesma para não deixar as pessoas me fazerem como elas no trânsito, no estresse, na desesperança, na rebelião, na tristeza.

Entendi a diferença de um texto de Provérbios 2 que diz para buscar a sabedoria e por entendimento alçar a voz. Sempre quis muito saber qual é a diferença entre sabedoria e entendimento. Descobri. Sabedoria é ter a capacidade de saber o que é melhor, o que é correto e realizar. Repito: não é apenas saber. Saber é conhecer. Ter sabedoria é ser capaz de implementar o que se sabe, aplicar o conhecimento na prática.

Entendimento é outra coisa. É ver a vida sob o prisma de Deus. Quando vemos sob o prisma dEle, tudo muda. Entendemos que todas as coisas cooperam para o nosso bem, mesmo aquilo que não entendemos; que mesmo que a nossa vida esteja sem forma e vazia, o Espírito Santo continua pairando sobre o caos; que ainda que a figueira não floresça e não haja fruto na vide, ou seja, ainda que aparentemente nada esteja acontecendo como deveria, todavia, é possível me alegrar.

Desde que descobri isso, não clamo apenas por sabedoria, mas por entendimento. Eu preciso ver principalmente as pessoas como Deus vê. Só assim será possível em tudo dar graças. Quem anda com Deus não pode ser pessimista. Quem conhece o Criador sabe que basta uma única palavra dEle para mudar tudo à nossa volta.

Hoje dou graças pelo que entendo e pelo que não entendo; pelo que sou e pelo que ainda não sou, mas quero ser; pelo que tenho e pelo que ainda terei.

Paizinho, obrigada por tudo!