terça-feira, fevereiro 18, 2014

Vai dar tudo certo

O que pode fazer a pessoa honesta quando as leis e os bons costumes são desprezados? (Sl 11.3).

Você já se fez essa pergunta aí de cima: o que fazer quando a lei é nada, quando desprezam os ensinamentos dos antigos, quando parece que o mundo está virando de cabeça para baixo? O andar da carruagem o preocupa? Quando você manda seus filhos para a escola consegue ficar tranquilo? Você tem boas expectativas para o dia de hoje, para esta semana, para este ano, mesmo com as notícias de uma recessão iminente?

Bom, o versículo aí de cima é só uma chamada, só uma forma de começar o post. Não se preocupe, porque as perguntas que a Bíblia faz ela não deixa sem resposta. Talvez você queira me dizer: “Como assim, Keila, tenho um monte de perguntas cujas respostas não encontro na Bíblia”? Bom, eu não disse que a Bíblia responde às suas perguntas – talvez a algumas, mas não a todas –; eu disse que ela responde às perguntas que ela mesma traz, o que é diferente. O que lá está são os assuntos que Deus considerou importante nós sabermos. Tudo o que a gente precisa saber está lá. O que não foi revelado não precisamos saber. As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei (Dt 29.29).

O Salmo de onde extraí a pergunta aí de cima começa assim: No Senhor confio; como dizeis à minha alma: Fugi para a vossa montanha como pássaro? Pois eis que os ímpios armam o arco, põem as flechas na corda, para com elas atirarem, às escuras, aos retos de coração (Sl 11.1,2). A primeira declaração é: eu confio, eu creio. Em outra versão: Com Deus, o Senhor, estou seguro. O fato é: se tenho Deus, o resto não importa; eu estou seguro e ponto final. Mas só pode dizer isso quem crê. E o que faz quem crê? Não acredita no que vê, no que sente, no que o mundo está a mostrar, afinal, anda numa perspectiva superior, na certeza de que o que Deus diz é o que é.

Podemos ver pelo texto que o salmista está sendo pressionado pelas circunstâncias e até mesmo por pessoas. Estão dizendo para ele: “Fuja, pois a situação para você não está boa”. Talvez você esteja dizendo o mesmo a si mesmo: “É... Esta semana as coisas estão difíceis, este ano não promete muito”. Internamente você pode estar agitado, preocupado, incomodado com o rumo que a sua vida está tomando. O que você pode mudar mude; o que não pode deve ser colocado diante de Deus numa atitude de confiança: Ele cuida de nós. Não se preocupe. Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mt 6:25,26).

O próximo versículo do Salmo é o que abre este post. O que fazer quando não se pode confiar na lei, nos governantes? O que fazer quando não há a quem recorrer? A resposta estava lá em cima – confie – e é repetida em seguida: O Senhor Deus está no seu santo Templo; o seu trono está no céu. Ele vê todas as pessoas e sabe o que elas fazem (Sl 11.4). É uma resposta estranha, mas é a resposta: Deus sabe, Deus vê, Deus se importa, Deus está tomando conta, é impossível pegar Deus de surpresa.

Estudiosos disseram que encontramos na Bíblia 366 vezes a frase: “Não temas”. Dizem que é uma para cada dia. Então, receba a sua agora: não tema. Se você resolver confiar em Deus, se obedecer aos Seus mandamentos, fazendo o que é certo e detestando o que é mal, vai dar tudo certo. De tudo, o mais difícil é crer, mas você pode aumentar a sua fé. Sabe como? Leia a Bíblia, mas não com uma atitude passiva. Questione. O Senhor ouve as suas perguntas e gosta de responder. Se você já O aceitou como seu Salvador, o Seu Espírito veio morar dentro de você e a Bíblia o chama de Conselheiro. Pergunte a ele caladinho, aí no seu canto, só no seu pensamento e Ele vai responder.

Não se preocupe com o rumo que as coisas estão tomando. Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas (Pv 3.5-6). Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele (Sl 37:5-7).

Viva a sua vida com a seguinte certeza: com Deus, vai dar tuuudo certo! Bom dia!


quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Uma Pérola

Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. (Pv 7.1-3)

Sou mãe de um casal precioso. Dou conselhos a muita gente – sabem como é: todos gostamos de dar pitacos; nada oficial. Mas entre todas as pessoas com quem convivo, são os meus filhos quem mais quero que sigam os meus conselhos. Ah, como quero! Como quero facilitar a vida deles!

Salomão pegou seu maior tesouro, sua sabedoria e sua experiência, e transmitiu a seu filho, dizendo: “Filho meu, guarda as minhas palavras, esconde dentro de ti os meus mandamentos”. Esses não são os conselhos de Salomão para mim e para você, são os conselhos de Deus, as revelações do Espírito Santo para nós.

A Palavra de Deus é uma joia muito preciosa. Nada se pode comparar a ela. Se a amamos, guardamos e lhe obedecemos, as bênçãos vêm e nos alcançam, somos livrados de infindáveis males, podemos andar seguros.

Não podemos deixar os conselhos de Deus jogados ao vento, entrando por um ouvido e saindo pelo outro. A advertência é clara: “guarda as minhas palavras”. Todos nós já deixamos objetos soltos pela casa, não é mesmo? Às vezes, simplesmente não sabemos onde os colocamos. Fomos nós mesmos que os depositamos em algum lugar, mas onde mesmo? Nem nós sabemos. Não podemos deixar os ensinamentos de Deus soltos em algum lugar da nossa mente. Precisam ser cuidadosamente guardados.

Como guardá-los? De muitas formas. Veja o último versículo: “ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração”. O que quer dizer atá-los aos dedos, escrevê-los no coração? Quer dizer tê-los sempre perto, sempre à mão, sempre à vista, sempre na mente, escritos, decorados, como página de abertura no celular, como descanso de tela no computador, como quadro na parede, como dizer de uma pulseirinha ou um anel, como página principal de um caderno e, sobretudo, como pensamento recorrente, assunto da meditação diária. “Bem-aventurado o homem que na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1), de dia e de noite, de dia e de noite, no outro dia e na outra noite, neste dia e hoje à noite.

Não guarde o mandamento de qualquer maneira. Não o largue lá no armário do seu coração empoeirando. Está dito como deve ser guardado: “esconde”.

Boa parte das mulheres gostam de joias. Não deixamos nosso ouro em qualquer lugar. Nós o escondemos, guardamos trancado em alguma gaveta, numa caixinha especial. Quando possuímos algo muito precioso, não deixamos à vista. Temos cuidado redobrado. Por que esconder os mandamentos? Porque são muito preciosos. Eles dão vida, alegria, riqueza, saúde, paz. Não podem ser assunto de debate; têm de ser convicções. Não podem estar expostos aos que os desprezam ou não creem neles. Como diz a Palavra, não se deve jogar pérolas aos porcos. Quando estamos firmes numa verdade, não precisamos debater o assunto, até mesmo porque não interessa o que outros pensam a respeito. A verdade é a verdade e ponto final. Acreditem ou não, a verdade é absoluta. Precisamos estar firmes nela.

Guarde a lei como a menina dos teus olhos. Proteja suas convicções, os conselhos absolutos de Deus para você como você protege os seus olhos. Outro dia caiu um cisco no olho do meu pequeno. Ele me pediu para tirar. Os olhos são preciosos e sensíveis. Ele não os abria para eu ver. Insistia em apertar os olhinhos. Eu pedia que relaxasse e me deixasse soprar. Seus olhos estavam protegidos. Não usasse eu a força, jamais abriria os olhos. Eu decidi: nem toda força do mundo me fará arredar dos preceitos de Deus, mesmo que os considerem fora de moda, mesmo que pareçam ultrapassados, mesmo que todos à minha volta insistam em descrer.

Por fim: guarda os meus mandamentos e vive. Rá, rá, rá! Preste atenção nos verbos: guarda e vive. Entendeu? Não é guarda e morre, guarda e chore, guarda e sofre. Não! Guarda e vive. Isto, sim, é que é vida: andar com Deus, obedecer-Lhe, honrá-lO, amá-lO, aprender sobre Ele, servi-lO!

Veja só o que acontece com quem descobriu a delícia de esconder os mandamentos do Senhor: Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua semente será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada. Prosperidade e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre (Sl 112:1-3).


quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Uma Pílula

Filho, preste atenção no que eu digo com a minha sabedoria e compreensão. Então você saberá como se comportar, e as suas palavras mostrarão que você tem conhecimento das coisas (Pv 5.1,2)


Está aí. Apresento a você uma pílula para hoje. Como assim? Hoje quero dar a você uma pílula que pode ser um fortificante, um remédio ou mesmo um alimento. Se você não está sentindo nada, não tem problema algum em sua saúde espiritual, ou se o assunto aqui simplesmente não diz respeito a você, é um fortificante, como aquelas pílulas de cálcio que tomamos só por precaução. Se de alguma forma o texto disser respeito a você, aqui vai um remédio. Meu? De forma alguma. Da Palavra. Só ela é remédio – Enviou-lhes a sua palavra e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal (Sl 107.20). Se você precisa apenas de alimento espiritual, tome essa pílula aqui como os astronautas da Nasa, que têm todas as vitaminas reduzidas a uma simples pílula porque não podem transportar comida. Diante de toda a Bíblia, isso aqui é só um pedacinho, mas sustenta.

Já escrevi sobre textos semelhantes antes, sobre muitos textos de Provérbios. Hoje o faço sob outra perspectiva: não de quem está lendo, mas de quem está escrevendo.

Salomão disse: Filho, preste atenção no que eu digo com a minha sabedoria e compreensão. Veja que o conselho tem destinatário certo: o filho.

Salomão era rei de Israel quando escreveu o livro de Provérbios. Certamente era um homem muitíssimo ocupado. Vale lembrar que, naquela época, os reis eram também responsáveis por julgar os casos na corte. Fomos informados pela Bíblia de um julgamento muito famoso de Salomão, o caso de duas mães, cuja decisão se tornou célebre (I Re 3.16). Repito: Salomão era um rei muitíssimo ocupado. Tinha ordens a dar, casos a julgar, normas para regulamentar, obras para inspecionar, pessoas para liderar, assuntos para fiscalizar...

Como rei, tinha muitas pessoas às suas ordens que podiam fazer os trabalhos que quisesse. Ele não precisava, por exemplo, se envolver pessoalmente na educação de seus filhos. Podia tranquilamente confiá-la a outros. Nos assuntos civis, podia dispor de pessoas sábias e experientes que ensinassem aos seus filhos as questões do reino, todos os assuntos ligados à vida civil. Nas questões religiosas, tinha os sacerdotes, que poderiam instruí-los, e muito bem, nas leis de Deus. Ele tinha pessoas do mais alto gabarito à disposição para cuidar da educação de seus filhos, mas decidiu cuidar desse assunto pessoalmente. Pelo livro de Provérbios, podemos saber que ele era um homem preocupado com eles, tanto que não só os instruiu verbalmente – várias vezes ele manda seus filhos se lembrarem do que dizia –, mas escreveu seus conselhos para que os estivessem não só gravados na memória, mas escritos num papel. Assim, poderiam recorrer a eles sempre.

Fomos beneficiados com isso. Seus conselhos estão à nossa disposição hoje só porque ele quis deixá-los para seus filhos. Certamente ele não sabia que seus livros fariam parte de um compêndio sagrado. De qualquer sorte, ele não quis escrever um tratado para o mundo, mas pequeninos avisos sobre assuntos corriqueiros para seus filhotinhos. Que trabalho maravilhoso!

Porque estou dizendo tudo isso? Porque temos estado tão ocupados, especialmente nós mulheres, nesses dias, que mal temos tempo de estar com os nossos filhos. Parece que somos as pessoas mais assoberbadas do mundo em todos os tempos. Será mesmo que Salomão tinha menos coisas para fazer do que eu e você? Será que aconselhava seus filhos somente nas horas de folga? Será que escrevia nos seus momentos de descanso e mandava seus filhos lerem seus conselhos? Veja isto: Filho, aprenda o que eu lhe ensino e nunca esqueça o que mando você fazer
(Pv 2.1). Ele ensinava seu filho, dava ordens, se envolvia pessoalmente.

Contar com ajuda é muito importante, mas não podemos deixar a instrução de nossos filhos relegada a pessoas que nada têm a ver com a fé que professamos, que não partilham dos nossos valores. Precisamos ser os maiores influenciadores deles, ensiná-los a pensar, a agir, a falar, a sentir e principalmente a CRER.

Para encerrar, transcrevo aqui uma frase que li: “A melhor maneira de dar bom exemplo para nossos filhos é viver nossa fé diante deles. Enquanto observam, aprendem sobre o que tem verdadeira importância. Filhos podem não herdar o talento dos pais, mas absorverão seus valores” (meu livrinho de meditação – não sei quem escreveu).

Última dose do mesmo remédio: Filho, preste atenção no que eu digo com a minha sabedoria e compreensão. Então você saberá como se comportar, e as suas palavras mostrarão que você tem conhecimento das coisas (Pv 5.1,2).

Fale muito com seus filhos! De preferência, sorrindo.