Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas,
anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de
enfermidades e doenças graves das pessoas. Quando Jesus viu a multidão,
ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados,
como ovelhas sem pastor. Então disse aos discípulos: A colheita é grande
mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que
mande mais trabalhadores para fazerem a colheita” (Mt 9:35-38).
Alguns dias as minhas meditações
mexem tanto comigo que não me aguento, preciso compartilhar. Então vamos lá!
O Filho de Deus veio à terra e
fez o que pôde para diminuir o sofrimento dos homens: alimentou, curou,
ensinou, encheu a todos de alegria e esperança. Mas na terra Ele era um só,
quer dizer, limitado no tempo e no espaço. No corpo, não podia estar em dois
lugares ao mesmo tempo, mas conhecia a necessidade dos homens e quando viu seu
sofrimento e o tamanho do trabalho a fazer, encheu-se de compaixão e disse a
seus discípulos: A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam
ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita.
Imagine o que é o Deus que é puro amor ter seu coração cheio de compaixão, que
coisa poderosa!
A história segue com este
versículo incrível: Jesus chamou os seus
doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e curar
todas as enfermidades e doenças graves (Mt 10:1). Jesus enviou esses doze homens [...] (Mt 10:5). Como Jesus nos
ensina! Como Ele é maravilhoso! Veja só, para começo de conversa, Ele
compartilhou da sua própria autoridade, do seu próprio poder com gente que
ainda nem estava preparada. Em Mateus 17, os discípulos perguntam a Jesus por
que não conseguiram expulsar o demônio de um menino e Ele responde que foi por
causa da falta de fé. Quer dizer, sete capítulos depois daquele que relata o
envio dos discípulos, outro realça que ainda eram deficientes na fé. Mas Jesus
não esperou que estivessem prontos. Ele os enviou para que fizessem o que
fossem capazes de fazer.
Recebemos de Deus diferentes dons
e estamos em diferentes níveis na caminhada. Alguns são mais maduros; outros,
nem tanto. Alguns são mestres, chamados para ensinar; outros, chamados para o ministério de socorros,
ou seja, para ajudar. Alguns se dedicarão exclusivamente à obra, outros a
desempenharão no desenrolar da própria vida. O importante é que todos podem e
devem ajudar a minorar as necessidades do próximo.
Compaixão! Ah, como o mundo
precisa disso! Como eu preciso disso, de receber e de manifestar! Preciso da
compaixão de Deus e dos outros, do auxílio, do amor! E preciso me mover em
direção aos outros movida por compaixão e, assim, auxiliá-los, amá-los,
doar-me.
Imagino o senso de valor que possuiu
os discípulos quando Jesus compartilhou com eles Sua autoridade, dizendo: “Vão
e usem meu nome!” Alguns nomes abrem portas na terra. Quando algumas pessoas
dizem: “Sou filho de Fulano”, tapetes vermelhos são estendidos, as pessoas
faltam se curvar. Mas isso só vale nos lugares onde o Fulano tem influência, é
conhecido e, normalmente, enquanto está vivo. Entretanto, ao nome de Jesus se
dobrará todo joelho no céu, na terra e embaixo da terra e sua influência jamais
terminará, seu poder jamais terá fim. Que delegação poderosa!
Como discípulos de Jesus, podemos
e devemos fazer a nossa parte. Já temos a autoridade necessária: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão
novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os
curarão (Mc 16:17,18).
E como pessoas que se relacionam com outras, devemos lembrá-las de que elas
podem ajudar, o mundo precisa delas.
O trabalho continua sendo muito,
a seara está cada vez maior, mas pode ficar um pouquinho menor se cada um se
envolver e ajudar.