quinta-feira, setembro 30, 2010

Aviso

Pessoal, algumas pessoas me disseram que não estavam conseguindo postar recados. Acho que já arrumei. Testem aí. Bjo.

Quartel General

A nossa casa é o nosso quartel general, o principal centro de treinamento que temos. Como diz Mike Murdock: “Se você sobreviver à sua família, sobreviverá a qualquer coisa”.  
O pior inimigo que se pode ter é aquele que vem da própria família, pois ele detém informações privilegiadas, sabe que tipo de arma funciona contra você, conhece como poucos os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Como foi treinado no mesmo lugar que nós, dispõe de “material genético, ferramentas físicas e emocionais muito semelhantes”, é muito difícil lutar contra ele. Além disso, frequentemente nem vale à pena entrar nessa guerra.
Hoje estava lendo a história de José do Egito, de quem sou fã de carteirinha, principalmente porque ele é tudo o que não sou. Não sei se suportaria a distância dos familiares, principalmente dos pais, a traição de gente tão próxima, o treinamento na casa dos outros, a prisão... Não sei se teria a grandeza de perdoar tão lindamente.
A importância dos pais para o sucesso das próximas gerações é muito grande. A Bíblia demonstra como os pais abrem e fecham portas para as próximas gerações. Abraão abençoou a Isaque, a Jacó e sua bênção chega até nós. Por causa de Davi, suas gerações receberam a promessa de, obedecendo a Deus, herdarem o trono para sempre. Mas assim como somos um grande canal de bênção, também somos propensos a repetir erros.
Jacó foi o filho predileto de sua mãe. Ele sabia muito bem quais eram os efeitos dessa predileção. Por causa das atitudes de sua mãe, foi enviado à casa do tio e jamais teve a oportunidade de revê-la. Apesar de ter vivido essa experiência, repetiu o mesmo erro e sofreu consequências bastante semelhantes. Não fosse a misericórdia de Deus, ele também jamais veria novamente seu filho José. Por causa da predileção descarada que demonstrou, provocou o ódio de seus outros filhos, o que fez com que ele se distanciasse do predileto por muitos anos. Os irmãos de José o odiaram a ponto de fazê-lo sair de casa muito cedo e ser privado da companhia de seu pai. Quanta responsabilidade está sobre nós os pais!
A guerra empreendida por seus irmãos foi uma prova muito dura. Eles conspiraram contra ele e conseguiram envenenar a todos. Apenas Rúbens defendeu seu irmão, não se sabe se pela responsabilidade de ser o mais velho ou se realmente se importava com ele. Depois retiraram dele a túnica, que espiritualmente significa a couraça da justiça e o cinturão da verdade – ele foi vítima da mentira e da injustiça. Lançaram-no num poço – como deve ter sido difícil sair dele! E ainda conseguiram se dar bem – saíram sem o irmão, que para eles era um oponente, e ainda com dinheiro no bolso.
Os irmãos de José pensaram que seriam capazes de frustrar os projetos de Deus para ele. Disseram: “Vamos ver o que vai acontecer a esse sonhador”. Em outras palavras: “Vamos ver se seus sonhos se realizarão” (Gn 37.20). Mas Deus é Deus, governa, reina absoluto, não muda Seus propósitos, transforma mal em bem, paira sobre o caos... Embora tenha perdido o seu centro de treinamento, pois não tinha mais acesso à sua casa, Deus providenciou para José outro lugar de treinamento: a casa de Potifar.
Fiquei encafifada querendo saber o que significava a casa de Potifar na vida de José. Entendi que ele deveria ter sido treinado na sua própria casa. E olha que não seria nada fácil. Disputar com onze irmãos... Se lá em casa, que são só dois, a disputa é grande, imagine com onze! Ele perdeu essa oportunidade, mas Deus providenciou para ele uma outra casa como centro de treinamento para cumprir a Sua própria Palavra que afirma que quem não governa bem a própria casa não está apto a governar nada mais. Como seria o grande governador do Egito sem ser um bom governador de uma casa?
Antes de ser o grande governador do Egito, ele foi o grande governador da casa de Potifar. A história conta que ele dominou aquele lugar a ponto deste não saber de coisa alguma a não ser do pão que comia: E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo. E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia (Gn 39.5,6).
Nossa casa, nosso quartel general. E a responsável pelo treinamento dos meus filhos até que sejam enviados à guerra? Eu.
Senhor, socorre-me!!!

quarta-feira, setembro 29, 2010

Vinte e Cinco Anos de Sabedoria

Nem sempre conseguimos enxergar as qualidades dos outros. Dentro de cada um há um grande tesouro a ser descoberto, mas só o encontrará quem buscar, quem garimpar com cuidado, sem ferir, de forma que a pessoa possa se revelar. Quando os meus filhotes eram pequenos, li um livro chamado “A Chave para o Coração do seu Filho” que falava sobre como abrimos e fechamos portas no coração das crianças. Lembro-me da afirmativa de que, depois de trancado um compartimento do coração, dificilmente ele será reaberto. Será preciso muito jeitinho, muita perícia.
A Bíblia é como as pessoas nesse aspecto. Você precisa garimpar os tesouros escondidos ali. Às vezes demora para compreendermos o que está lá. Quero compartilhar um texto aqui que só agora consigo compreender. É este aqui: ...como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma (I Pe 3.6). Eu queria muito saber porque Deus instrui as mulheres a se tornarem como Sara. O que tinha ela de tão especial?
Sabemos que todos aqueles que aceitam a Jesus são chamados de filhos de Abraão. Também sabemos que ele foi o Pai da Fé. Na galeria dos herois da fé, ele ocupa um lugar bastante especial. Mas e Sara? Para responder essa pergunta, comecei a estudar a vida dela um pouco mais lentamente. Então li, reli, rabisquei os textos que faziam referência a ela e surgiu uma grande admiração.
Muitos pregadores enfatizam a parte ruim da história de Sara. Isso nem deveria nos impressionar, porque eu mesma muitas vezes enxergo mais rapidamente os defeitos do que as qualidades das pessoas. Não dá para escrever aqui tudo o que descobri, mas falarei um pouquinho do que mais me chamou a atenção.
Abraão recebeu uma promessa de que seria pai de multidões, mas em momento algum a Bíblia diz que Sara estava com ele quando o próprio Deus lhe deu essa notícia. Aliás, aprendi com a minha leitura do livro de Gênesis que Deus fala à autoridade e cabe a ela transmitir aos liderados aquilo que Ele disse. Explico melhor. Quando Deus disse a Adão que ele não deveria comer do fruto, Eva ainda não tinha sido criada. Isso quer dizer que o que ela soube a respeito do fruto e da árvore proibida lhe tinha sido transmitido por Adão e não por Deus. Em momento algum o Senhor repetiu a ordem na frente de Eva.
O mesmo aconteceu com Sara. Abraão recebeu uma promessa e cabia a ele confiar na promessa e fazer sua esposa acreditar. Apesar dos muitos anos de espera, mais de dez, na verdade, Sara acreditou no que lhe dizia Abraão, tanto que resolveu não permitir que fosse frustrada a sua esperança. Daria a ele uma ajuda para ver a promessa cumprida ainda que isso tivesse que ser feito por meio de sua serva Agar.
Sinceramente não sei se eu agiria como Sara. Esperar durante dez anos uma promessa ainda parece ser muito para mim. Acho que eu perguntaria mil vezes ao Ricardo se ele tinha certeza mesmo de que a promessa era para ele, mas Sara não fez isso. Ela simplesmente acreditou e não quis impedir que esta se realizasse. Ela não torturou Abraão, não tentou fazê-lo desistir, não foi a causa de ele duvidar. Quando interveio nesse sentido, foi para tentar ajudar.
Realmente nós mulheres precisamos nos tornar filhas de Sara. Quantas vezes acabamos por desestimular o marido no cumprimento de sua missão. Questionamos, insistimos, tiramos a paz deles até que nos façam acreditar no que nos dizem. E às vezes isso custa!
No final, a promessa se realizou através dela própria, Sara. Demorou vinte e cinco anos, ela já não menstruava mais, Abraão também não funcionava, mas ela não se recusou a fazer parte dessa história. Deus até poderia ter feito diferente, mas penso que, quando Ele deu a promessa a Abraão, sabia que Sara aguentaria esperar tanto e não desestimularia seu marido.
Tomara eu aja como uma filha de Sara!

terça-feira, setembro 28, 2010

Aprendendo com a Experiência

Gosto muito de escrever, de conversar, de trocar experiências, por isso o que vou escrever hoje é totalmente pessoal, mas talvez possa ajudar você em alguma coisa.
A Bíblia diz que o motivo de todo fracasso e de toda dor é a falta de sabedoria. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento (Os 4.6). Ouvi uma frase que guardei no meu coração e sempre penso nela: “Tudo de que precisamos para ter uma vida próspera está ao nosso alcance; só precisamos reconhecer”. Assim não é possível que tenhamos problemas em qualquer área da nossa vida que não advenha da falta de competência no gerenciamento do assunto. Dessa forma, não temos problemas financeiros, mas falta-nos sabedoria para lidar com o dinheiro. Não temos problemas no casamento; falta-nos sabedoria para lidar com a outra pessoa ou para desenvolver satisfatoriamente o relacionamento e por aí vai...
Hoje quero esclarecer um texto que custou-me entender: Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio (I Tm 2.12). Vejo mulheres muito mais bem dotadas para o ensino do que muitos homens, aliás, acho que temos certo dom para o negócio, por isso achava difícil compreender esse texto. Na minha casa e na de muitas mulheres que conheço os homens não conseguem sequer ensinar as crianças a fazer dever de casa. Nem fico mais chateada com isso. Já assumi como minha função mesmo. Basta os meninos passarem dez minutos fazendo dever com o Ricardo para se ouvir choro. Realmente ensinar não acho que seja o forte deles. Então por que Deus disse isso aí? Aprendi com a experiência e quero contar pra você.
Eu estava em casa sábado quando o Ric chegou do ensaio com uma perguntinha básica: “Gata, o que você acha que eu devo fazer em relação a isso, isso e isso”? Na verdade, quando um homem faz uma pergunta desse tipo normalmente o que ele quer é ser ouvido e não ouvir sua esposa dizer o que faria em seu lugar. E eu, na minha santa sabedoria, resolvi pregar para ele e dizer tudo o que Deus vinha me dizendo nos últimos dias a respeito de situações correlatas. Não durou quatro frases para que ele ficasse nervoso e me dissesse: “Eu não sei por que você precisa incomodar Deus com essas coisas se eu mesmo já disse que é assim, assim e assim”. Pense no quanto fiquei chocada. Eu estava apenas respondendo a pergunta dele, mas ele ficou furioso.
Na hora o texto daí de cima veio à minha mente combinado com aquele outro que diz: Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa (I Pe 3.1). Na verdade, ambos os textos são muito parecidos. Por isso repito: Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio (I Tm 2.12). O primeiro texto fala sobre não usar palavra alguma e este termina com: “esteja, porém, em silêncio”. O que tudo isso quer dizer? Que a mulher não deve falar? Que deve engolir sua opinião? Absolutamente. Os mandamentos do Senhor são protetores. Eles só tendem a impedir que sejamos feridas.
Quando a gente começa a entender as coisas de Deus, tudo muda. É muito parecido com a experiência que temos como filhas e depois como mães. Enquanto somos filhas, nossa visão acerca do mundo é uma. Quando mudamos de lado, passamos a entender muito melhor a posição da nossa mãe e ainda decidimos repetir muita coisa que nem gostávamos que ela fizesse por entender como aquilo foi bom para nós (conclusão a que demoramos muito a chegar). Quando uma mãe diz a seu filho: “Não ponha o dedo na tomada” não quer impedi-lo de ter uma experiência, mas, sim, de se machucar. O mesmo acontece com a Palavra de Deus. O Senhor não quer nos impedir de termos prazer, mas de sermos feridos, por isso nos avisa. Se conhecêssemos mais a Bíblia, erraríamos e sofreríamos muito menos.
Frequentemente os maridos não são corrigidos pelas esposas. É muito raro isso acontecer. Precisamos orar para que Deus levante profetas que os ajudem. Por ser o marido o cabeça da mulher, assim como Cristo é o cabeça dele próprio, é muito mais prudente orar para que Deus envie a ele um conselheiro do que tentar empreender mudanças, principalmente se para isso for preciso usar as palavras. Ambos os textos frisam que os maridos são ganhos “sem palavra”. Na verdade, em síntese, o que o texto quer dizer é que influenciamos silenciosamente, sem pressão, sem discursos, sem tentarmos demonstrar uma visão ou uma posição superior. Realmente isso não funciona. Nas famílias cujo domínio é das mulheres e estas ainda estão com seu marido dificilmente elas são felizes e realizadas. Essa disputa de poder nunca foi propósito de Deus. É precioso mesmo ceder a honra.
Sei que é uma experiência muito pessoal e que talvez não se aplique ao seu caso, mas, de qualquer sorte, busque o Espírito Santo e o você saberá tudo de que precisa. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor (Ef 5.17).

sexta-feira, setembro 24, 2010

Assuntos "Espirituais"

Estamos na reta final de um processo que determinará como seremos governados fisicamente pelos próximos quatro anos. Podemos dizer que somos apolíticos, que quem nos governa mesmo é Deus e não os homens e simplesmente enfiar a cabeça no buraco e fingir que não temos absolutamente nada a ver com isso.
Sei que muitos crentes ficam furiosos quando pastores falam sobre política, dinheiro ou outros assuntos que consideramos nada espirituais, como se realmente houvesse assuntos espirituais e assuntos seculares, como se pudéssemos separar o homem espiritual e o homem carnal que somos nós, como se viver no reino dos céus fosse possível sem estar aqui e agora, submetendo-nos ao governo do Presidente Lula e sua equipe.
É claro que também penso que nomes de políticos não devem ser levados ao púlpito, mas também sei que os princípios que regem este mundo, todos eles descritos na Palavra, devem ser pregados e reiterados todos os dias, principalmente na igreja, que é o lugar onde deveríamos nos sentar para ouvir as instruções do Espírito Santo, o que significa aceitar Seus conselhos, que têm a ver com o mundo espiritual, mas também disciplinam o mundo físico.
Podemos continuar inanimados, vendo o mal crescer e reclamando por terem os nossos filhos de assistir a pessoas do mesmo sexo se beijarem na escola. Podemos dizer que não nos interessa em nada saber se aposentados ganharão mais ou menos, se a justiça funciona ou não, se lei da homofobia vai ou não ser aprovada. Só não podemos e nem devemos dizer que isso é postura de cristão, até porque a Bíblia diz: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo (Ti 1.27).
A verdade é o seguinte: Deus espera que a Sua igreja seja um agente transformador da sociedade e não uns alienados que deixam órfãos e viúvas serem explorados, pobres morrerem à míngua, crianças não terem futuro algum enquanto nós cuidamos da nossa “vida espiritual”.
São fartos os textos nos Evangelhos que comprovam que Jesus se comovia com as multidões, chorou pela Jerusalém que matava os profetas e apedrejava aqueles que lhes foram enviados, se envolveu com os marginalizados, pagou impostos e se submeteu à autoridade de Roma, podendo sair voando da cruz, mas decidindo morrer a morte cruel que lhe foi imposta por um governo injusto e tirano.
Ainda que queiramos ser “os espirituais”, os assuntos do mundo físico nos acompanharão até o dia da nossa morte. Teremos de nos submeter às leis e às autoridades, pagaremos impostos como todo mundo, contemplaremos o avanço ou o retrocesso da lei e da sociedade, precisaremos ter e usar documentos que comprovam que somos cidadãos.
É hora de votar como cristão, como quem se importa com quem fará as nossas leis, de se preocupar em eleger quem representará de fato a nossa opinião, quem mostrará nos órgãos públicos o que é ser cristão, para que não tenhamos o desprazer de ouvir nossos colegas de trabalho dizerem: “Caiu mais um pastor safado”.
Não incentivo ninguém a votar ou a deixar de votar em pastor. Espero que votemos, sim, em pessoa competente, preparada, consciente, honesta, de caráter ilibado, de ficha limpa e tudo isso não tem muito a ver com o fato de ser ou não “evangélico”. Espero que nestas eleições as igrejas que somos nós próprios e não os lugares onde congregamos cumpram com sua obrigação de votar com consciência e de obedecer ao que diz Deuteronômio 7:14: Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Quem sou eu? Ninguém.


Quem sou eu? Ninguém. Não sou uma pessoa que sobressaia em meio à multidão. Não tenho olhos verdes, cabelo loiro (só quando pinto), estatura acima da média, jeito sedutor, corpo monumental. Também não tenho dons e talentos que façam de mim alguém superior à maioria. Sou absolutamente normal (se é que alguém é normal). Sou a típica cidadã comum.
Embora realmente isso seja verdade, me sinto constrangida em dizer tudo isso, principalmente porque as coisas que me rodeiam não são nada comuns. Estou cercada de coisas e de pessoas realmente espetaculares. E reconheço que nada é mérito meu, mas pura bondade de Deus.
Apesar de muitas pesquisas atestarem o fracasso dos casamentos, devo dizer que sou uma exceção em relação ao assunto. Venho de uma família muito feliz e constituí uma outra também muito feliz. Meus pais estão casados há mais de quarenta anos e são referência para mim e para o mundo. Se eu seguisse direitinho o exemplo deles, confesso que seria uma pessoa muito melhor, mas sei que a boa obra que Deus começou em mim está sendo aperfeiçoada dia a dia e que a maturidade vai me ajudar muito.
Em relação aos meus irmãos, eles foram e ainda são um treinamento intensivo. Com eles aprendi a ser cuidada, a lutar e também a reivindicar meus direitos. Com dois irmãos, às vezes temos que dar alguns gritos. Quando temos que lidar com um marido já tendo sido treinada na escola dos irmãos, o processo fica muito mais fácil.
Eu deveria recomeçar aqui este post. Eu disse que sou absolutamente comum, mas Deus só me entregou coisas especiais. Meu marido é uma jóia em meio a um monte de bijuteria que há por aí. É claro que não vou fazer propaganda dele aqui, mas sou um testemunho de que é possível ter um casamento pleno e feliz.
Antes de me casar passei por uma cirurgia em que foi retirado um ovário. Recebi um laudo médico de que teria que fazer tratamento para engravidar, mas o Deus que me governa disse que não seria assim. Tenho dois filhos maravilhosos e a primeirinha, a Juju, nasceu no dia do aniversário do pai dela por puro milagre.
Estou cercada por todos os lados de coisas especiais. Tenho muito mais bens do que preciso, tenho um emprego que é mais diversão do que trabalho, familiares maravilhosos (os que são pedra no sapato entendo como treinamento, tenho aprendido a lidar com eles e amá-los como são, sem exigências, sem grandes expectativas) e os amigos que me escolheram e que eu escolhi são um presente. Não diria que tenho inimigos, mas que algumas pessoas estão sendo enviadas para treinar a minha paciência, a minha capacidade de ouvir, de perdoar, o meu domínio próprio, a minha longanimidade...
E o maior de todos os privilégios que tenho é a capacidade de ouvir a Deus. Realmente temos um relacionamento de amor que, confesso, ainda é muito maior da parte dEle do que da minha, mas tenho pedido a Ele que me ensine a amá-lO e sinto que tenho sido atendida.
Preciso mesmo mudar o título deste post. Não posso dizer que sou ninguém, mas alguém muito, mas muito, mas muito especial.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Embaixada

Estamos cada vez mais distantes de saber como o mundo deveria ser. Vejo a maldade, o egoísmo, a promiscuidade, a opressão, a violência crescerem como nunca. Não se sabe mais qual é o papel dos pais e o dos filhos na criação. Leis são necessárias para regular coisas absurdas, como a mais recente que proíbe os pais de disciplinarem seus filhos com castigos físicos. É claro que não os defendo, mas deveríamos saber como criar filhos sem que o estado precisasse intervir. A que ponto chegamos?
Até mesmo nas coisas mais básicas, nas concepções mais primitivas, estamos perdidos. Embora o nosso corpo afirme a nossa sexualidade, agora querem dizer que o sexo está na cabeça e não no órgão. Assim não se deve mais colocar na certidão de nascimento de alguém: sexo feminino ou sexo masculino. Como se poderia perguntar a um bebê qual é sua opção sexual?
Diante de tudo isso, só posso dizer que o mundo enlouqueceu e que está cada dia mais distante daquilo que Deus planejou. Fico pensando que é muita misericórdia Deus não destruir tudo e recomeçar, como Ele já o fez outras vezes com Noé, Sodoma e Gomorra, Tiro, Babilônia etc.
Jamais uma máquina funcionará para finalidade diversa daquela para a qual foi criada. Até podemos usar facas para apertar parafusos, mas ela não estará sendo bem aproveitada e não funcionará bem e com a praticidade de uma chave-de-fenda. Assim é a humanidade. Não tem a menor ideia de para que foi criada, a que veio e também não tem a menor vontade de descobrir. Para que buscar o Criador? Para que gastar tempo pedindo a Ele revelações acerca de mim mesma se posso facilmente obter dEle tudo de que preciso para cumprir o "meu" propósito e não o Seu?
Quando penso em como está o mundo hoje, temo por meus filhos. Os valores estão distorcidos, o mundo se encaminha para o caos. O que posso fazer então?
Resolvi morar numa embaixada. E o que é uma embaixada? É um pedaço de um país em outro país: pode ser um pedaço dos Estados Unidos no Brasil, um pedaço do Brasil no Japão, um pedaço do Japão na África do Sul.
Na embaixada, fala-se a língua do país de origem, come-se o que é costume no país, mantêm-se os hábitos, os costumes, as tradições, submete-se àquelas leis da nação proveniente.
Assim como não se pode esperar comer feijoada na Embaixada do Japão, é absurdo se esperar o bem num mundo que jaz no maligno. É preciso conhecer os estrangeiros e tentar se relacionar com eles para não enlouquecer numa terra cujos costumes são tão diferentes. Por isso a Bíblia nos chama de peregrinos, forasteiros: Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma (I Pe 2.11).
Deus tem propósitos específicos para nós. Fomos criados para uma vida muitíssimo superior a esta que vivemos aqui. Por isso mesmo a Bíblia chama este tempo em que estamos aqui de um breve tempo. Vida de verdade teremos lá no céu, onde cumpriremos o propósito, seremos revestidos da imortalidade e da incorruptibilidade e estaremos onde sempre deveríamos ter estado. Lá sim está a nossa terra, a nossa casa, a nossa língua, as nossas leis.
Enquanto estiver por aqui, decido não me adaptar às leis desta terra. Isso não quer dizer que não obedeça às leis brasileiras. Vai muito além. Decido morar na Embaixada do Céu neste país chamado Brasil e mover-me de acordo com as leis da minha pátria original, que são muito superiores às daqui. Quero conhecer profundamente as leis da minha pátria, que estão lá na Bíblia, falar a língua do reino de Deus e responder diante dEle por tudo o que eu faço, o que é infinitamente mais difícil do que responder diante dos homens, pois Deus tudo sabe e tudo vê.
Também quero conhecer muitos estrangeiros que falam a minha língua e visitar muitas embaixadas do céu espalhadas por aqui. Meu corpo e minha alma anseiam pelo projeto original de Deus.

Grande beijo, compatriota!

sábado, setembro 18, 2010

Recomeço

Dizem que os inteligentes aprendem com os próprios erros e os sábios aprendem com os erros dos outros. Ter amigos é um grande privilégio e se forem sábios então...
Embora eu ache muito importante aprender com os outros, devo confessar que isso não é muito fácil. Temos uma falsa impressão de que estaremos rodeados das mesmas pessoas por muito tempo. É difícil se lembrar de que pessoas vêm e vão todo tempo. Podemos estar com alguém hoje e amanhã simplesmente vê-la se mudar ou dar uma sumida por um tempo.
Recentemente tive a oportunidade de encontrar algumas pessoas no Facebook. Não mandei recado, não entrei em contato, só deu uma grande saudade. Na verdade, não tenho paciência para Facebook, Twitter, MySpace etc. Só gosto mesmo é daqui do blog e do e-mail. Quando vi algumas pessoas, fiquei pensando: será que aprendi com elas tudo o que podiam me ensinar? Será que eu trouxe algum tipo de contribuição para a vida delas? Será que algum dia teremos a oportunidade novamente de estarmos juntos?
Por tudo o que tenho aprendido e até mesmo com a velocidade com que os anos estão passando para mim, um dos pedidos frequentes nas minhas orações é por sabedoria. E um dos conceitos de sabedoria que tenho relaciona-se à capacidade de viver intensamente o dia de hoje de forma a extrair dele o máximo.
Estava pensando em por que algumas pessoas reconhecem a grandeza de outras e outras não. Nos capítulos que falam da vida de Abraão, Abimeleque e um outro rei reconheceram que ele era um homem de Deus. Mas duas pessoas não reconheceram isso e foi fatal para elas: Agar e Ló. Fico me perguntando por que, mesmo sabendo que Abraão era riquíssimo e seu parente, Ló deixou sua história terminar como um homem pobre, fracassado e bêbado.
Entendo a pessoa tomar decisões erradas, entendo o fracasso, entendo a perda, entendo até mesmo a insensatez. Só não entendo a incapacidade de voltar atrás. Por que será que Ló não voltou para estar com Abraão? Será que ele conseguiu reconhecer a grandeza que havia na vida de seu tio? Será que a vergonha por ter dado tudo tão errado era maior do que a capacidade de se humilhar e recomeçar?
Espero que eu saiba reconhecer a grandeza de todos à minha volta e também que eu seja humilde o suficiente para recomeçar sempre que for preciso.
Bom fim de semana!

sexta-feira, setembro 17, 2010

Causa e Efeito



Para cada ação há uma reação correspondente. Essa é uma lei da física, daquelas que a gente aprende na escola com fórmulas, cálculos e fica nervoso na hora de responder na prova.

Gostaria de dizer que isso é óbvio em relação às amizades, mas é uma pena. Simplesmente não posso.

Infelizmente o valor da semente depende também da terra. Você pode pegar a melhor semente que tiver, cuidar dela com carinho, preparar a terra, ter cuidado ao plantar, mas se frustrar com o resultado. Às vezes, a semente morre simplesmente porque a terra não era boa, não tinha os nutrientes necessários. Mesmo que você regasse, regasse e regasse, simplesmente não produziria.

Assim são os corações. Nem sempre as nossas boas ações culminam em boas reações por parte de quem as recebe. Embora nossas intenções sejam as melhores, às vezes o tiro sai pela culatra. Não vou dizer que não temos culpa nesse processo, porque, na verdade, dizem que a gente só vê o que quer e que muitas vezes nos deixamos enganar.

Não há como controlar tudo. Não há como saber o que os outros estão pensando, como estão recebendo nossas sementes, que tipo de frutos produzirão – se é que produzirão. Não há como prever alguns acidentes, não há como prevenir certas doenças, não há como engolir a palavra falada, não há como disfarçar a ira já manifesta. Mas há como sair do ringue, se dar por vencido, se desculpar pelo que não fez, se deixar humilhar, irar e não pecar.

Não há como saber de que forma o outro reagirá a mim. Quero muito plantar boas sementes, mas sei que nem todo solo estará preparado para recebê-las. Alguns receberão com alegria e comemorarão comigo os meus progressos. Alguns serão totalmente indiferentes, porque a estes não fui enviada, jamais farei parte da história deles, minha presença ou ausência em nada acrescentará. Para outros, mesmo as minhas melhores intenções parecerão pura falsidade.

O que fazer então? Parar de semear?

Embora eu não tenha controle algum sobre as reações dos outros em relação a mim, sou responsável pelas minhas reações em relação aos outros. Não posso mudar ninguém, mas posso e devo transformar a mim mesma. Transformai-vos pela renovação da vossa mente(Rm 12:2). Eu achava que a maior prejudicada quando eu era incompreendida era eu mesma. Hoje já não penso mais assim. O maior prejudicado é quem não me compreendeu, porque, na verdade, está perdendo o que poderia ter com a minha amizade. Não pense que sou orgulhosa (embora eu o deva ser). Apenas cheguei à conclusão de que todo mundo tem algo a acrescentar à vida de alguém, inclusive eu.

Resolvi prestar mais atenção nas minhas reações. As pessoas sentem o que pensamos sobre elas, mesmo que isso não seja externado. Carregamos conosco uma atmosfera. Não importa como você chama isso: empatia, astral, graça. O fato é que quando chegamos a algum lugar a nossa aura permeia o ambiente.

Fazer o bem quando se recebe o mal é doloroso, mas é um exercício maravilhoso para o crescimento pessoal. Hoje aprendi mais uma. Jesus falou sobre perdoar setenta vezes sete num único dia. Sempre pensei que isso significava receber quatrocentas e noventa ofensas e perdoar a cada uma. Agora penso que é perdoar o mesmo fato nas quatrocentas e noventa vezes que ele vier à memória. Simplesmente repetir para si: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.

Continuarei distribuindo as minhas sementes, mas muito mais preocupada com o solo do meu coração do que com os solos que estão recebendo o que lhes envio. Espero que qualquer um que me encontrar seja um pouco mais feliz simplesmente porque esteve comigo. Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens (Rm 12.18).

Espero ter um coração bom o suficiente para celebrar cada boa semente que receber e para, mesmo recebendo um agrotóxico, não me deixar contaminar. Espero que se cumpra em mim Gálatas 6.9: E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.

Seja feliz e distribua boas sementes!

Fernanda Brum - CD Glória Vem sobre mim.

Recentemente ganhei o novo CD da Fernanda Brum. Logo coloquei para ouvir. Compartilho com você aqui a música da hora lá em casa. Tenho escutado sempre e proclamado muito as verdades desta música. Minha família tem recebido um clamor especial nos últimos tempos. Quando temos problemas na família, tudo desestrutura. Por isso, antes que as dificuldades venham, tenho pedido a Deus para guardar, proteger e cuidar de mim e dos meus.
Ouça a música, aprenda e aproveite para cantar na sua casa também.
Bjo.

quinta-feira, setembro 16, 2010

O Bilhete Premiado

Recentemente o prêmio para quem acertasse na Mega-Sena era de mais de R$80 milhões. Eu me peguei planejando com o Ricardo o que faríamos se ganhássemos, o que era impossível porque não jogamos. Nos nossos planos distribuímos dinheiro, construímos um templo, investimos um pouco, viajamos, gastamos e fizemos muita coisa. Sonhar não faz mal e não paga imposto, não é mesmo?

De acordo com alguns livros que tenho lido recentemente, tudo de que precisamos para ter uma vida confortável e feliz está ao nosso alcance. Só precisamos reconhecer. E é aí que mora o problema. Nem sempre conseguimos ver aquilo que está diante dos nossos olhos. Muitas vezes só vemos o que queremos. Um exemplo crasso disso que estou falando está no verso 19 do capítulo 21 de Gênesis: Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água. Agar estava no deserto, esperando morrer de sede com um poço bem à sua frente. Enquanto Deus não abriu os seus olhos, ela não conseguiu enxergá-lo.

Agora volto ao título deste post. Agar recebeu um bilhete premiado quando Sara a convidou para deitar-se com seu marido e dar a ambos um filho. Não era nada estranha essa proposta para a época, aliás, nem sei se o é hoje, já que ouço falar das barrigas de aluguel. Mas pense comigo: Agar era uma escrava egípcia, sem futuro algum, sem qualquer chance de deixar herança para os filhos que viesse a ter. De repente, recebe a proposta de sua patroa de dar-lhe um filho que garantiria a ela uma pensão vitalícia, já que Abraão era um homem riquíssimo. E o que aconteceu? Sara ganhou na loteria. Deitou-se com Abraão e concebeu. Seus problemas e os da sua descendência poderiam estar resolvidos para sempre. Fácil, não é? Nem tanto.

Semana passada o Ric assistiu a um programa na TV que mostrava um homem que havia sido premiado na loteria com algo em torno R$30 milhões. Em cinco anos, ele conseguiu acabar com tudo. Não comprou uma casa para si próprio nem para sua mãe, não guardou nada, nem sabe como conseguiu gastar tudo. Ele simplesmente não discerniu a oportunidade que tinha em mãos.

Com Agar aconteceu o mesmo. Ela cometeu um erro infame que talvez seja um dos mais graves que podemos cometer: desonrou a autoridade. A desonra à autoridade é algo fatal. A Bíblia diz que a autoridade existe para o louvor daqueles que fazem o bem e correção daqueles que fazem o mal (I Pe 2.14). Deus não quer que estejamos arrolados na turma dos que fazem o mal, pois diz que fomos preparados de antemão por Ele para boas obras. Não devemos ser contados entre os ímpios e malfeitores. Mas ainda que sejamos boazinhas, façamos tudo certo, lei é lei. Plantou vai colher. E a semente da desonra tem resultados catastróficos.

Veja só o que fez Agar: Antes mesmo que o bebê nascesse, vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada (Gn 16.4). Manda quem pode, obedece quem tem juízo. O que foi que Sara fez? Foi cruel com ela e, sem discernir que o erro estava nela própria, Agar resolveu fugir. Mas Deus foi bom. Disse a Agar exatamente onde estava errando e o que deveria fazer para acertar: Então, lhe disse o Anjo do Senhor: Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos (Gn 16.9), mas ela não aprendeu a lição. Posteriormente Ismael comete o mesmo erro, desprezando Isaque e a história dele e de sua mãe termina com a expulsão de ambos da presença de Abraão e de Sara sem receber o valor do bilhete premiado que era a herança advinda de sua filiação. Foram mandados embora com uma mão na frente e outra atrás.

Só para que você entenda bem isso que estou a dizer, Zilá e Bila, escravas de Lia e Raquel, receberam a mesma proposta por parte de suas senhoras: deram a elas filhos dos seus maridos, ou seja, emprestaram suas barrigas para que suas patroas fossem mães. E como terminou essa história? Os filhos delas foram contados entre as doze tribos de Israel. Terminaram suas vidas ricos e honrados. Quanta diferença de Ismael, não é?

Espero que aprendamos essa dura lição sobre a honra às autoridades. Não importa quem sejam elas. A desonra à pessoa certa pode ser mais fatal do que a honra à pessoa errada. Repito o que já disse aqui no blog: a autoridade não é o obstáculo a ser transposto, mas a ponte para a próxima etapa.

Pense nisso!


quarta-feira, setembro 15, 2010

Miss Batom (Parte 2)

Aqui vão algumas fotos do segundo dia do Miss Batom. E aproveito para dizer aqui o que mais me marcou nesse dia. Confesso que não faço isso com muita tranquilidade, não, principalmente porque as impressões que recebemos acerca de qualquer coisa são muito pessoais. Cada um recebe de Deus numa medida. Pode ser que tudo o que eu escrever aqui pareça estranho para você que esteve lá, justamente porque o que Deus tem falado a você é muito diferente do que tem dito a mim. Então eu convido você a escrever também o que tem ouvido. Não há nada melhor do que depois voltar e relembrar.
                          


Quem acompanha o blog e tem lido as coisas que tenho escrito sabe que é assunto recorrente aqui a herança espiritual. Num dos últimos posts que escrevi, sob o título DNA, falei um pouco sobre isso. Para mim foi exatamente nesse sentido o segundo dia de Miss Batom, que tratou da bênção geracional.

Depois de termos um bom tempo de diversão com a Companhia do Riso, ouvimos uma palavra abençoada da Pastora Laura falando sobre a função da mulher na família. Os pontos da mensagem foram profundos. Ela falou sobre o dever da mulher de sustentar o casamento, sua responsabilidade em determinar o sucesso do marido, como está escrito lá em Provérbios 31 (já falei sobre isso aqui no blog), de como depende dela também o sucesso da criação dos filhos e sua obrigação de ser um referencial de relacionamento com Deus por meio da intimidade com o Espírito Santo. Em suma, ela falou sobre o dever de transmitirmos aos filhos a fé e o caráter que possuímos. Quer dizer, Deus continua falando comigo no mesmo ponto: a transmissão de heranças.

Houve então um momento em que a Pastora Laudjane honrou a Pastora Laura, sua mãe, e, ao mesmo tempo, sua filha Suzana. Foi um momento de muita cura, de abrir os nossos olhos para a importância dos relacionamentos, sobretudo dentro de nossa casa. Quantas vezes somos tão descuidadas com os relacionamentos mais próximos!


Então veio uma das partes mais lindas do evento deste ano: a apresentação do nosso grupo de dança. Deus as tomou de uma forma maravilhosa. Elas apresentaram um espetáculo chamado Corações Frios, mostrando as dificuldades nos relacionamentos e profetizaram todo tempo. Acho que não houve quem não fosse tocado e não chorrasse. Olha que linda essa foto aqui do espetáculo delas!


O Miss Batom terminou de uma forma poderosa. Houve um momento profético que me tocou muito, principalmente porque estou sempre procurando estar atenta ao que Deus está me dizendo. No ano passado, recebemos a palavra: “Pede-me e te darei as nações por herança e os confins da terra por possessão”. Ganhamos uma pulseirinha com bandeiras de países e eu sou o grande testemunho de que Deus fala e Deus cumpre. Jamais pensei que pouco tempo depois eu seria agraciada em meu desejo de conhecer outro país. Desde que me casei, eu e o Ric tínhamos o grande sonho de conhecer os Estados Unidos. Logo depois que recebi essa palavra no Miss Batom do ano passado, fui aos Estados Unidos duas vezes. Foi a realização de um sonho e o cumprimento da profecia recebida.

Este ano recebemos uma chave como sinal profético e ouvimos a palavra: “A porta que Deus abre ninguém fecha e a que Deus fecha ninguém abre”. Pedi a Deus que feche as portas erradas na minha vida, me leve de volta ao caminho e não permita que eu arrombe portas por onde não devo passar.
Que novas portas se abram, principalmente as portas do céu!
Louvarei ao Senhor todo tempo por me permitir ouvir Sua voz e ser usada por Ele para abençoar a outros.
A Deus toda honra, toda glória e todo louvor eternamente. Amém.
Beijos.

terça-feira, setembro 14, 2010

Miss Batom (Parte 1)

Difícil explicar o que significaram dois dias de comunhão tão intensa com Deus e com outras mulheres. Então não tentarei fazer isso em um post só. Vou por partes, colocando aqui algumas fotos e um pouco das minhas impressões.

O Miss Batom começou há seis anos, como uma palavra de Deus dada à Pastora Laudjane para o resgate das mulheres. Podemos ver ainda hoje o quanto isso é necessário. O mundo e seus habitantes se perderam um pouco no processo. Não sabemos mais o que é de fato ser mulher, como correr atrás dos nossos direitos e nem mesmo quais são eles. Temos buscado muitas coisas, algumas lícitas e outras não e de forma errada.

Não vou me alongar nesse assunto. Quero falar logo do que significou este Miss Batom para mim.

Abrimos o culto com um Salmo, aliás, devo falar sobre isso porque foi engraçado o que aconteceu. Eu estava com a minha Bíblia aberta para ler o Salmo 24, pois era assim que pretendia iniciar a minha parte. Eu queria declarar que tudo é do Senhor, que tudo a Ele pertence e também convocar os céus a se abrirem para que o Rei da Glória entrasse. Qual não foi a minha surpresa quando a Pastora Rosa iniciou lendo exatamente esse Salmo. Como me alegrei por perceber que estávamos no mesmo fluir!

Iniciamos o louvor proclamando que dávamos início a um novo tempo e também declarando o porquê de estarmos ali, dizendo que o Senhor era o nosso alvo e profetizando que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor a partir daquele mesmo momento, começando com nós mesmos. Foi tremendo! Havia muita unção e muita graça de Deus no ar e a igreja já parecia estar preparada para tudo o que aconteceu.


Depois do louvor tivemos a marcha das mulheres e uma parte artística em que representávamos as nações e relembrávamos o texto que o Senhor nos deu desde o ano anterior que era: “Pede-me e te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão”. Foi linda a ministração.


Recebemos então o Rhema, que abrilhantou a festa. Particularmente amei a dança que fizeram em que uma bailarina dança de olhos vendados com um homem, que era a representação de Deus e Sua Igreja. Esta deveria lançar em seus braços de olhos fechados, sem titubear, enquanto o Senhor a conduzia com muita doçura. Deus falou muito comigo nessa parte.

Então veio a parte mais impactante: a mensagem. A Pastora pregou sobre Uma Nova História. De fato, Deus muda qualquer história. Deus mudou a história de Raabe, A Prostituta, para uma mulher que faz parte da genealogia de Jesus Cristo; de Rute, A Viúva, para uma feliz e próspera mulher casada; de Ana, A Estéril, para uma alegre mãe de filhos; e de Ester, A Órfã, para a rainha-mãe de uma nação.

Se Deus mudou histórias tão tristes em finais tão surpreendentes, o que não pode fazer por mim e por você?

Não há história que Deus não dê jeito. É preciso que essas experiências sejam contadas, porque elas nos fortalecem e nos fazem pensar em como o nosso caso não é tão complicado como imaginamos.

(Depois continuo na parte 2.)


segunda-feira, setembro 13, 2010

Parente Atrapalha

Confesso que não há nada mais difícil do que lidar com parentes. Ao mesmo tempo em que são valiosos e insubstituíveis, são crueis, verdadeiros ao extremo (a ponto de serem, às vezes, grosseiros) e invasivos. Mas a falta deles doi muito. Na hora do aperto, em quem mais pensamos, a quem mais recorremos? Eles são duros na queda, mas também “paus para toda obra”.

Desde que comecei a ler a história de Abraão, confesso que, ao perceber as confusões aprontadas por Ló, pensei em escrever sobre parentes. Lembro-me de uma frase do Mike Murdock: “Se você sobreviver à sua família, sobreviverá a qualquer coisa”. Pensei muito em sobre como seria mais fácil a vida de Abraão se não tivesse levado Ló com ele, se desde o princípio ele tivesse se apartado de todos os parentes mesmo.

Hoje estava terminando de ler essa história e devo confessar que minha perspectiva mudou completamente. Acho que Abraão não seria Abraão se não fosse Ló. Como assim? A história de Abraão seria imensamente reduzida se Ló não fizesse parte dela, teria vários capítulos a menos – talvez perdesse o mais bonito de todos os capítulos que é aquele em que ele insiste com Deus para que, por causa de alguns justos, preserve Sodoma e Gomorra.

Primeiro, percebi uma coisa que até hoje não tinha notado. Quando Deus diz a Abraão para sair da sua terra e da sua parentela, seu pai já havia morrido. Ou seja, Abraão cumpriu sua missão com seu pai até o final. Estava em casa, já era tarde quando me veio essa questão: Deus mandou Abraão largar seu pai pelo meio do caminho? Corri para procurar uma Bíblia e fiquei aliviada quando vi que, antes da ordem, estava escrito que o pai de Abraão havia morrido. Acho mesmo que seria estranho Abraão largá-lo pelo meio do caminho.

A história do pai da fé começa com o relato de que ele tinha dois irmãos, um deles morreu (o pai de Ló) e o outro ficou na terra quando seu pai resolveu se mudar levando Abraão, Sara e Ló. Como poderia Abraão largar seu pai sozinho? Lembro-me de um texto que diz: Se alguém não cuida dos seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente (I Tm 5.8). É claro que a Bíblia não pode se contradizer.

A família é o nosso quartel general, o lugar do nosso treinamento. Quem mais teria coragem de nos dizer verdades tão difíceis de se ouvir sem a menor cerimônia? Dentro de casa a gente ouve coisas inimagináveis. E não é para nos derrubar, não, mas para nos fazer melhor. Mais uma vez lembro do texto de Provérbios 27.6: Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos. O que quer dizer isso? Que as feridas feitas pelo que ama são para o nosso bem, são necessárias mesmo.

Você conhece amor maior do que o de pai e mãe? Só o de Deus. Mas os pais também ferem os filhos. Esses dias, minha filha disse que fica muito triste quando eu a disciplino. Confesso que eu fico duas vezes mais triste por ter de discipliná-la, mas é para o bem dela. Se a minha disciplina parece cruel, não queira saber como é a do mundo, que é implacável, sem misericórdia. Depois que ouvimos as verdades nuas e cruas na nossa casa, somos despertados para aquilo que realmente importa.

Abraão teve muitos problemas com Ló. Teve que salvá-lo quando este foi capturado numa guerra que envolvia a cidade onde ele morava, teve que aguentar a briga entre seus funcionários e os de seu sobrinho, teve que aceitar o jeito espertinho de Ló de querer a terra que parecia mais fecunda, mas confesso que, ao ver o cuidado de Abraão para com Ló, aprendi a gostar ainda mais dele.

Dois textos me impactaram bastante nessa história: o primeiro foi aquele que diz que Ló foi salvo por causa de Abraão e o outro foi o pedido de Abraão para que Deus não destruísse uma cidade se houvesse nela dez justos (no fundo era um pedido para que o Senhor salvasse a Ló e sua família). Amei ver como Abraão se importava com seu sobrinho. Quantas vezes parece que não nos importamos nem com nossos filhos, quanto mais com nossos sobrinhos!

Eu deveria neste ponto trocar o título aí de cima. Em vez de Parente Atrapalha para Parente Salva. Por causa de Abraão Ló foi salvo. Tomara que por minha causa todos os meus parentes sejam salvos! Vale lembrar que Deus não salvou apenas a Ló, mas também a sua mulher (que não se sabe de onde veio, porque a Bíblia não diz), suas filhas e salvaria seus genros se estes o quisessem. Vejam como é ampla a bênção que o parentesco suscita!

Realmente não havia ordem melhor para mim e para Abraão: Sê tu uma bênção (principalmente no meio da parentela)!

domingo, setembro 12, 2010

Receita da Dona Cacilda

Gostei deste texto que me mandaram por e-mail, por isso mando aqui para vocês. Bjo.


Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda e tão elegante que todo dia às 08 da manhã já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão.

Hoje ela se mudou para uma casa de repouso. O marido, com quem ela viveu por 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela. Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho:

– Ah, eu adoro essas cortinas...

– Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espere um pouco...

– Isto não tem nada a ver, ela respondeu. Felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada. Vai depender de como eu preparo minha expectativa. E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.

– Simples assim?

– Nem tanto. Isso é para quem tem autocontrole e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos afora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.

Calmamente ela continuou:

– Cada dia é um presente. E enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.

Depois me pediu para anotar:

Como manter-se jovem:

1. Deixe fora os números que não são essenciais - isso inclui a idade, o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disso se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre. Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. Uma mente preguiçosa é oficina do alemão. E o nome do alemão é Alzheimer!

4. Aprecie mais as pequenas coisas.

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele/ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama, quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio.

8. Tome cuidado com a sua saúde. Se é boa, mantenha assim. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhorá-la, procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, a um país diferente, mas não para onde haja culpa.

10. Fale do seu amor às pessoas que ama a cada oportunidade.