Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado [o alvo, a perfeição, a ressurreição], mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3:13,14)
Ah, a história! Todos temos uma história. Na verdade, nós a estamos escrevendo durante a nossa vida. E os capítulos são recheados de emoções, boas e ruins.
O texto aí de cima me
impressiona, porque em poucas palavras Paulo fala de seu passado, seu presente
e seu futuro. Que homem sensacional é ele! Há muito aprendizado nessas poucas
palavras. E vamos lá, porque vale a pena meditar sobre isso aí.
Paulo foi um perseguidor da
igreja que fez coisas muito ruins. Ele obrigava as pessoas a escolher entre
punição ou Cristo. Fez muitos blasfemarem. Veja como ele conta a sua história: “Pois,
tendo recebido autoridade dos principais sacerdotes, não somente encerrei
muitos santos em prisões, como também dei o meu voto contra eles quando estavam
para mata-los. E, castigando-os muitas vezes em todas as sinagogas, obrigava-os
a blasfemar” (At 26:10,11).
Não deve ser nada fácil ter um
passado desses. Ter que administrar uma história ruim pode ser muito difícil. Muitos
ficam presos nesse lugar, sentindo-se condenados, vivem com o seu passado
diante de si dia após dia, o que é um grande problema.
A nossa mente tem dois mecanismos extraordinários: a memória, que traz à tona o nosso passado, e a imaginação, que nos permite visualizar e projetar o futuro. Essas coisas – memória e imaginação – estão bastante ativas no nosso presente. Elas ocupam a nossa mente e, se dermos vazão a elas, podemos viver trancados num passado que já se foi ou, se ficarmos muito envolvidos com nossa parte criativa, viver no mundo da lua.
A Bíblia fala sobre como devemos
catalogar nossas experiências no presente, sobre o que devemos fazer com a nossa mente: “Quanto
ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há
alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4:8).
Tenho certeza de que o diabo
tentou reduzir Paulo a seu passado, jogando na cara dele tudo o que fez de
errado, tentando colocar sobre seus ombros um peso que ninguém consegue
suportar. Mas ele diz o que fez com seu passado: “Esquecendo-me das coisas que
ficaram para trás, prossigo”.
Seguir em frente é fundamental.
Como Paulo, é isto que devemos fazer: prosseguir. Nossos alvos nunca estão
atrás de nós; sempre à nossa frente. Veja como Deus é criativo e divertido: não
temos olhos nas costas nem podemos andar para trás. Será que isso quer dizer
alguma coisa? (rsrsrs)
E para onde Paulo seguia? Ele
estava em busca de um alvo, sabendo que, se o alcançasse, no futuro, receberia
um prêmio. Se você ler o capítulo inteiro, verá que o alvo de Paulo era
conhecer a Jesus e assemelhar-se cada dia mais a Ele. Nada era mais importante
que isso para ele.
Gosto de ler biografias, de saber
da vida de grandes homens. Paulo é um ícone. A história de sua vida merece ser
conhecida, afinal, ele escreveu boa parte do Novo Testamento. E o que fez dele
esse homem tão importante? Ter o alvo correto, não desistir de alcançá-lo e fazê-lo
da maneira adequada. A Bíblia não nos permite saber a história de Paulo apenas
para a nossa curiosidade, mas para que aprendamos com ela.
Então passemos aos ensinamentos preciosos:
1) Quanto ao passado – bom ou mau, o passado deve ser passado. Se bom, guarde-o com carinho; se ruim, faça o que Paulo fez: esqueça-se dele;
2) Quanto ao presente – é importante prosseguir sempre. Parar? Jamais. Além disso, é importante ter um objetivo e ir à busca dele. Quanto mais andarmos, mais perto estaremos de alcançá-lo. Precisamos olhar firmemente para o nosso alvo: o autor e consumador da nossa fé, nosso modelo, nosso tudo;
3) Quanto ao futuro – devemos fazer o possível para receber o galardão completo. Há um prêmio para os vencedores. Nesta vida, somos como atletas. Veja o que diz Paulo sobre isso: “Da mesma forma, nenhum atleta é coroado como vencedor se não competir de acordo com o regulamento” (II Tm 2:5). Principal consideração sobre esse texto: há prêmio para os vencedores. Oba!
Bora viver o presente de olho no
futuro, pois o que aguarda o crente perseverante é glorioso!
Bom futuro, pessoal! Ou melhor:
bom presente, pessoal!