terça-feira, maio 08, 2012

Sem Noção

O motivo do post de hoje é me redimir. Quero deixar registrado diante dos céus, da terra e do inferno que estou tentando ser o melhor que posso. Já sei que você quer perguntar: Keila, o que aconteceu? Aconteceu que mais uma vez li sobre alguém falando mal do meu melhor amigo e estressei. Por que estressei? Porque se falam mal dele, veja lá de mim!

Recentemente li no Facebook a seguinte frase: "Quando Deus quer falar, Ele usa um profeta, um pastor, sua palavra, mas quando Deus quer gritar Ele usa um problema". Fiquei irada com isso. Se você concorda com essa afirmação me responda: quando foi que Deus enviou um problema para alguém? Quando foi que Deus disse: "Eu te darei um problema e tu te aproximarás de mim"? Se Deus dá coisa ruim, então Ele não é tão bom assim e a Bíblia está mentindo, afinal faz duas afirmações categóricas acerca do Seu caráter: Deus é bom (Sl 34.8) e Deus é amor (I Jo 4.8).

Para me entender, é preciso me conhecer, certo? Eu sei que tem gente que fala mal de mim por aí, mas e daí? Tem gente que me conhece bem e me defende - muito obrigada! Quer saber alguma coisa a meu respeito? Pergunte a mim, ao meu marido, aos meus filhos, ao papai e à mamãe e a alguns amigos chegados. Esses, sim, por andarem comigo, poderão testemunhar a meu favor e contra mim. Pois é. Quer conhecer a Deus? Leia a Bíblia. Não acreditem naquilo que qualquer um fala de mim e principalmente não acreditem naquilo que as pessoas falam sobre Deus e que não está de acordo com Sua Palavra.

Deus é espírito (Jo 4.24), mas, como essa compreensão é alta demais para nós, permitiu algumas comparações apenas para que possamos ter uma leve percepção de quem Ele é. Então vamos lá. Primeiro vou falar de quem Ele não é: Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa (Nm 23.19). Bom, a Palavra não permitiu que Ele fosse comparado ao homem, e por quê? Porque há uma distância universal entre um e outro em termos de caráter. O homem é falho, sentimental, passível de erros, e Deus, não.

A quem poderemos compará-lO, então? Quem é como o Senhor nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra (Sl 113.5)? Na verdade, Ele é incomparável, mas Suas atitudes Ele mesmo compara às de algumas pessoas. Veja só este texto: Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei (Is 66.13). Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti (Is 49.15). Ele compara Seu amor, Seu consolo ao de uma mãe.

Pode parecer estranho para você que é homem ler isto aqui, mas preciso dizer que não conheço amor maior do que o de uma mãe – e os textos acima confirmam isso, não é? Sabemos que vamos sofrer, sabemos que o parto pode até nos matar, mas sequer passa pela nossa cabeça a ideia de matar um filho (estou falando das mães normais). O amor de mãe é uma coisa tão maravilhosa, tão maravilhosa que eu, simples mortal, não conheço nada maior. Entendi muita coisa sobre Deus depois que me tornei mãe, assim como entendi muitas atitudes da minha mãe e hoje as reproduzo.



Por mais que tenhamos maravilhosas intenções, cometemos erros. Mas eu, mãe de dois, jamais faria o mal propositalmente para aproximar meus filhos de mim, jamais colocaria neles uma doença, jamais gostaria de tê-los por perto apenas porque estão sofrendo, como alguns muitas vezes falam de Deus. Certamente você já ouviu dizer: “Se não vem pelo amor, vem pela dor”. De onde tiraram isso? Quando uma mãe gostaria de ter de volta um filho apenas porque ele está se dando muito mal? Estando perto ou longe, agindo em obediência ou em rebeldia, sempre queremos o bem deles.



Talvez você diga que estou muito otimista com relação à vida e que Deus pune, sim, que o sofrimento é necessário. Concordo com você. O sofrimento é necessário e certamente virá, mas quem disse que é Deus quem manda?

Volto à comparação. Eu também disciplino os meus filhos, com muita tristeza, mas disciplino. Gostaria de que eles fossem sempre obedientes e não tivessem que sofrer. Por isso minha disciplina é apenas para poupá-los do mal maior que a desobediência pode lhes causar. Quem não é disciplinado em casa é disciplinado pela vida. O mundo é implacável.

O sofrimento nos aprimora? Claro. A Bíblia nos ensina que foi assim que Jesus aprendeu a obedecer: Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que sofreu (Hb 5.8). Se Ele sofreu para aprender a obediência, quanto mais nós! Mas Deus não enviou o sofrimento. Sofrer faz parte da vida. O único modo de não sofrer mais é ir ao céu, porque aqui nesta terra não tem jeito. Embora fosse exemplar, jamais tivesse cometido pecado, Jesus sofreu. Ele disse que no mundo teríamos aflições, mas jamais disse que o Pai manda aflições. Deus é bom! Repito: Deus é bom! Deus é bom!



Sou uma boa mãe, mas jamais impedi que meus filhos fizessem provas na escola, que fossem às aulas mesmo quando não queriam. Sei que eles sofrem porque têm que acordar cedo, têm que perder finais de semana estudando para as provas, têm que fazer tarefas quando querem assistir à TV, mas sei que tudo isso faz parte do crescimento, do aprendizado. Entretanto, também devo dizer que não sou eu quem os obriga a fazer provas, ir à escola etc. É o sistema. Sei que eles não podem fugir disso. Assim também é Deus. Não nos libera dos nossos deveres e de alguns sofrimentos, porque eles são necessários.

Se você está passando por algum tipo de sofrimento – e certamente está –, não desanime. Temos um Pai que nos ama imensamente, que quer aliviar o nosso fardo, quer nos ajudar. Acalme o seu coração. O Seu Pai quer ajudá-lo e Ele é muito, muito bom e muito amoroso.

Não deixe ninguém falar mal dEle. E não acredite em tudo o que dizem. Pense bem...

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