terça-feira, fevereiro 18, 2014

Vai dar tudo certo

O que pode fazer a pessoa honesta quando as leis e os bons costumes são desprezados? (Sl 11.3).

Você já se fez essa pergunta aí de cima: o que fazer quando a lei é nada, quando desprezam os ensinamentos dos antigos, quando parece que o mundo está virando de cabeça para baixo? O andar da carruagem o preocupa? Quando você manda seus filhos para a escola consegue ficar tranquilo? Você tem boas expectativas para o dia de hoje, para esta semana, para este ano, mesmo com as notícias de uma recessão iminente?

Bom, o versículo aí de cima é só uma chamada, só uma forma de começar o post. Não se preocupe, porque as perguntas que a Bíblia faz ela não deixa sem resposta. Talvez você queira me dizer: “Como assim, Keila, tenho um monte de perguntas cujas respostas não encontro na Bíblia”? Bom, eu não disse que a Bíblia responde às suas perguntas – talvez a algumas, mas não a todas –; eu disse que ela responde às perguntas que ela mesma traz, o que é diferente. O que lá está são os assuntos que Deus considerou importante nós sabermos. Tudo o que a gente precisa saber está lá. O que não foi revelado não precisamos saber. As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei (Dt 29.29).

O Salmo de onde extraí a pergunta aí de cima começa assim: No Senhor confio; como dizeis à minha alma: Fugi para a vossa montanha como pássaro? Pois eis que os ímpios armam o arco, põem as flechas na corda, para com elas atirarem, às escuras, aos retos de coração (Sl 11.1,2). A primeira declaração é: eu confio, eu creio. Em outra versão: Com Deus, o Senhor, estou seguro. O fato é: se tenho Deus, o resto não importa; eu estou seguro e ponto final. Mas só pode dizer isso quem crê. E o que faz quem crê? Não acredita no que vê, no que sente, no que o mundo está a mostrar, afinal, anda numa perspectiva superior, na certeza de que o que Deus diz é o que é.

Podemos ver pelo texto que o salmista está sendo pressionado pelas circunstâncias e até mesmo por pessoas. Estão dizendo para ele: “Fuja, pois a situação para você não está boa”. Talvez você esteja dizendo o mesmo a si mesmo: “É... Esta semana as coisas estão difíceis, este ano não promete muito”. Internamente você pode estar agitado, preocupado, incomodado com o rumo que a sua vida está tomando. O que você pode mudar mude; o que não pode deve ser colocado diante de Deus numa atitude de confiança: Ele cuida de nós. Não se preocupe. Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? (Mt 6:25,26).

O próximo versículo do Salmo é o que abre este post. O que fazer quando não se pode confiar na lei, nos governantes? O que fazer quando não há a quem recorrer? A resposta estava lá em cima – confie – e é repetida em seguida: O Senhor Deus está no seu santo Templo; o seu trono está no céu. Ele vê todas as pessoas e sabe o que elas fazem (Sl 11.4). É uma resposta estranha, mas é a resposta: Deus sabe, Deus vê, Deus se importa, Deus está tomando conta, é impossível pegar Deus de surpresa.

Estudiosos disseram que encontramos na Bíblia 366 vezes a frase: “Não temas”. Dizem que é uma para cada dia. Então, receba a sua agora: não tema. Se você resolver confiar em Deus, se obedecer aos Seus mandamentos, fazendo o que é certo e detestando o que é mal, vai dar tudo certo. De tudo, o mais difícil é crer, mas você pode aumentar a sua fé. Sabe como? Leia a Bíblia, mas não com uma atitude passiva. Questione. O Senhor ouve as suas perguntas e gosta de responder. Se você já O aceitou como seu Salvador, o Seu Espírito veio morar dentro de você e a Bíblia o chama de Conselheiro. Pergunte a ele caladinho, aí no seu canto, só no seu pensamento e Ele vai responder.

Não se preocupe com o rumo que as coisas estão tomando. Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas (Pv 3.5-6). Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele (Sl 37:5-7).

Viva a sua vida com a seguinte certeza: com Deus, vai dar tuuudo certo! Bom dia!


quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Uma Pérola

Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. (Pv 7.1-3)

Sou mãe de um casal precioso. Dou conselhos a muita gente – sabem como é: todos gostamos de dar pitacos; nada oficial. Mas entre todas as pessoas com quem convivo, são os meus filhos quem mais quero que sigam os meus conselhos. Ah, como quero! Como quero facilitar a vida deles!

Salomão pegou seu maior tesouro, sua sabedoria e sua experiência, e transmitiu a seu filho, dizendo: “Filho meu, guarda as minhas palavras, esconde dentro de ti os meus mandamentos”. Esses não são os conselhos de Salomão para mim e para você, são os conselhos de Deus, as revelações do Espírito Santo para nós.

A Palavra de Deus é uma joia muito preciosa. Nada se pode comparar a ela. Se a amamos, guardamos e lhe obedecemos, as bênçãos vêm e nos alcançam, somos livrados de infindáveis males, podemos andar seguros.

Não podemos deixar os conselhos de Deus jogados ao vento, entrando por um ouvido e saindo pelo outro. A advertência é clara: “guarda as minhas palavras”. Todos nós já deixamos objetos soltos pela casa, não é mesmo? Às vezes, simplesmente não sabemos onde os colocamos. Fomos nós mesmos que os depositamos em algum lugar, mas onde mesmo? Nem nós sabemos. Não podemos deixar os ensinamentos de Deus soltos em algum lugar da nossa mente. Precisam ser cuidadosamente guardados.

Como guardá-los? De muitas formas. Veja o último versículo: “ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração”. O que quer dizer atá-los aos dedos, escrevê-los no coração? Quer dizer tê-los sempre perto, sempre à mão, sempre à vista, sempre na mente, escritos, decorados, como página de abertura no celular, como descanso de tela no computador, como quadro na parede, como dizer de uma pulseirinha ou um anel, como página principal de um caderno e, sobretudo, como pensamento recorrente, assunto da meditação diária. “Bem-aventurado o homem que na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1), de dia e de noite, de dia e de noite, no outro dia e na outra noite, neste dia e hoje à noite.

Não guarde o mandamento de qualquer maneira. Não o largue lá no armário do seu coração empoeirando. Está dito como deve ser guardado: “esconde”.

Boa parte das mulheres gostam de joias. Não deixamos nosso ouro em qualquer lugar. Nós o escondemos, guardamos trancado em alguma gaveta, numa caixinha especial. Quando possuímos algo muito precioso, não deixamos à vista. Temos cuidado redobrado. Por que esconder os mandamentos? Porque são muito preciosos. Eles dão vida, alegria, riqueza, saúde, paz. Não podem ser assunto de debate; têm de ser convicções. Não podem estar expostos aos que os desprezam ou não creem neles. Como diz a Palavra, não se deve jogar pérolas aos porcos. Quando estamos firmes numa verdade, não precisamos debater o assunto, até mesmo porque não interessa o que outros pensam a respeito. A verdade é a verdade e ponto final. Acreditem ou não, a verdade é absoluta. Precisamos estar firmes nela.

Guarde a lei como a menina dos teus olhos. Proteja suas convicções, os conselhos absolutos de Deus para você como você protege os seus olhos. Outro dia caiu um cisco no olho do meu pequeno. Ele me pediu para tirar. Os olhos são preciosos e sensíveis. Ele não os abria para eu ver. Insistia em apertar os olhinhos. Eu pedia que relaxasse e me deixasse soprar. Seus olhos estavam protegidos. Não usasse eu a força, jamais abriria os olhos. Eu decidi: nem toda força do mundo me fará arredar dos preceitos de Deus, mesmo que os considerem fora de moda, mesmo que pareçam ultrapassados, mesmo que todos à minha volta insistam em descrer.

Por fim: guarda os meus mandamentos e vive. Rá, rá, rá! Preste atenção nos verbos: guarda e vive. Entendeu? Não é guarda e morre, guarda e chore, guarda e sofre. Não! Guarda e vive. Isto, sim, é que é vida: andar com Deus, obedecer-Lhe, honrá-lO, amá-lO, aprender sobre Ele, servi-lO!

Veja só o que acontece com quem descobriu a delícia de esconder os mandamentos do Senhor: Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua semente será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada. Prosperidade e riquezas haverá na sua casa, e a sua justiça permanece para sempre (Sl 112:1-3).


quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Uma Pílula

Filho, preste atenção no que eu digo com a minha sabedoria e compreensão. Então você saberá como se comportar, e as suas palavras mostrarão que você tem conhecimento das coisas (Pv 5.1,2)


Está aí. Apresento a você uma pílula para hoje. Como assim? Hoje quero dar a você uma pílula que pode ser um fortificante, um remédio ou mesmo um alimento. Se você não está sentindo nada, não tem problema algum em sua saúde espiritual, ou se o assunto aqui simplesmente não diz respeito a você, é um fortificante, como aquelas pílulas de cálcio que tomamos só por precaução. Se de alguma forma o texto disser respeito a você, aqui vai um remédio. Meu? De forma alguma. Da Palavra. Só ela é remédio – Enviou-lhes a sua palavra e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal (Sl 107.20). Se você precisa apenas de alimento espiritual, tome essa pílula aqui como os astronautas da Nasa, que têm todas as vitaminas reduzidas a uma simples pílula porque não podem transportar comida. Diante de toda a Bíblia, isso aqui é só um pedacinho, mas sustenta.

Já escrevi sobre textos semelhantes antes, sobre muitos textos de Provérbios. Hoje o faço sob outra perspectiva: não de quem está lendo, mas de quem está escrevendo.

Salomão disse: Filho, preste atenção no que eu digo com a minha sabedoria e compreensão. Veja que o conselho tem destinatário certo: o filho.

Salomão era rei de Israel quando escreveu o livro de Provérbios. Certamente era um homem muitíssimo ocupado. Vale lembrar que, naquela época, os reis eram também responsáveis por julgar os casos na corte. Fomos informados pela Bíblia de um julgamento muito famoso de Salomão, o caso de duas mães, cuja decisão se tornou célebre (I Re 3.16). Repito: Salomão era um rei muitíssimo ocupado. Tinha ordens a dar, casos a julgar, normas para regulamentar, obras para inspecionar, pessoas para liderar, assuntos para fiscalizar...

Como rei, tinha muitas pessoas às suas ordens que podiam fazer os trabalhos que quisesse. Ele não precisava, por exemplo, se envolver pessoalmente na educação de seus filhos. Podia tranquilamente confiá-la a outros. Nos assuntos civis, podia dispor de pessoas sábias e experientes que ensinassem aos seus filhos as questões do reino, todos os assuntos ligados à vida civil. Nas questões religiosas, tinha os sacerdotes, que poderiam instruí-los, e muito bem, nas leis de Deus. Ele tinha pessoas do mais alto gabarito à disposição para cuidar da educação de seus filhos, mas decidiu cuidar desse assunto pessoalmente. Pelo livro de Provérbios, podemos saber que ele era um homem preocupado com eles, tanto que não só os instruiu verbalmente – várias vezes ele manda seus filhos se lembrarem do que dizia –, mas escreveu seus conselhos para que os estivessem não só gravados na memória, mas escritos num papel. Assim, poderiam recorrer a eles sempre.

Fomos beneficiados com isso. Seus conselhos estão à nossa disposição hoje só porque ele quis deixá-los para seus filhos. Certamente ele não sabia que seus livros fariam parte de um compêndio sagrado. De qualquer sorte, ele não quis escrever um tratado para o mundo, mas pequeninos avisos sobre assuntos corriqueiros para seus filhotinhos. Que trabalho maravilhoso!

Porque estou dizendo tudo isso? Porque temos estado tão ocupados, especialmente nós mulheres, nesses dias, que mal temos tempo de estar com os nossos filhos. Parece que somos as pessoas mais assoberbadas do mundo em todos os tempos. Será mesmo que Salomão tinha menos coisas para fazer do que eu e você? Será que aconselhava seus filhos somente nas horas de folga? Será que escrevia nos seus momentos de descanso e mandava seus filhos lerem seus conselhos? Veja isto: Filho, aprenda o que eu lhe ensino e nunca esqueça o que mando você fazer
(Pv 2.1). Ele ensinava seu filho, dava ordens, se envolvia pessoalmente.

Contar com ajuda é muito importante, mas não podemos deixar a instrução de nossos filhos relegada a pessoas que nada têm a ver com a fé que professamos, que não partilham dos nossos valores. Precisamos ser os maiores influenciadores deles, ensiná-los a pensar, a agir, a falar, a sentir e principalmente a CRER.

Para encerrar, transcrevo aqui uma frase que li: “A melhor maneira de dar bom exemplo para nossos filhos é viver nossa fé diante deles. Enquanto observam, aprendem sobre o que tem verdadeira importância. Filhos podem não herdar o talento dos pais, mas absorverão seus valores” (meu livrinho de meditação – não sei quem escreveu).

Última dose do mesmo remédio: Filho, preste atenção no que eu digo com a minha sabedoria e compreensão. Então você saberá como se comportar, e as suas palavras mostrarão que você tem conhecimento das coisas (Pv 5.1,2).

Fale muito com seus filhos! De preferência, sorrindo.


quarta-feira, janeiro 22, 2014

Você sabe quem sou eu?

"Você sabe quem sou eu? Sabe com quem está falando?" Conhecemos bem essas perguntas e o que seus interlocutores querem dizer. Em suma: "Estou acima da média, faço parte de um grupo seleto, tenho credenciais".

Outro dia li um artigo interessante em que o autor dizia que antigamente o que importava para as pessoas era ser. Depois, chegou o tempo em que tornou-se mais importante o ter. E hoje, infelizmente, a tônica é parecer. Não importa se você não é, nem se você na realidade não tem, afinal, se só parecer quem vai saber?

Fico impressionada com alguns detalhes da Bíblia. Hoje, especialmente, com a forma como os escritores das cartas se apresentam. "Eu, Tiago, escravo de Deus e do Senhor Jesus, escrevo às doze tribos espalhadas que aguardam a vinda do Reino: Saudações!" (Ti 1.1). Paulo também se apresentava assim humildemente, referindo a si mesmo como servo de Deus, escravo de Jesus, alguém que alcançou misericórdia.

Quero falar do caso específico de Tiago. Esse autor das cartas não era o discípulo, irmão de João. Era nada mais nada menos do que irmão de Jesus Cristo, filho de Maria: "Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas?" (Mateus 13:55,56). Poder dizer que era irmão de Jesus era uma ótima credencial, não é mesmo? Imagine o status que poderia alcançar na igreja primitiva alguém que tivesse no seu currículo um parentesco com o Mestre?

E havia ainda mais. Tiago era o líder da igreja, o coordenador-geral, "o cara", pode-se dizer. Quando Paulo procura os discípulos para estabelecer as bases doutrinárias da pregação entre os gentios é Tiago quem o recebe e quem estende a ele a destra da comunhão, dando a Palavra final, conforme registrado no livro de Atos. Juntamente com Pedro, ele era "o maioral".

É interessante ver como apresentamos a nós mesmos, como queremos ser tratados, com que deferência, quais são as credenciais que expomos. De um modo geral, não queremos estar na média. Queremos ostentar coisas que mostrem aos demais que estamos num nível "superior". Queremos parecer. Isso vai de encontro ao que nos ensina a Palavra. Se temos algo de que nos orgulhar, certamente não é a bolsa de marca, o carro do ano, o título de phD, a beleza física, a casa chique, a conta bancária recheada, o cartão de crédito ilimitado... Se queremos nos orgulhar de algo, deve ser assim: "O Senhor disse: 'O sábio não deve se orgulhar da sua sabedoria, nem o forte, da sua força, nem o rico, da sua riqueza. Se alguém quiser se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender; porque eu, o Senhor, sou Deus de amor e faço o que é justo e direito no mundo. Estas são as coisas que me agradam. Eu, o Senhor, estou falando" (Jr 9:23,24).

É lindo ver uma pessoa grande se apresentando com simplicidade. Fico maravilhada ao ler Jesus dizendo aos abençoados a quem Ele curou: "Não conte nada a ninguém", como Ele fez várias vezes. Amo a história do cego a quem Ele curou fazendo lodo nos olhos, mandando que se lavasse. Quando o cego volta, onde está Jesus? Ele não sabia. Como era seu rosto? Em que sinagoga poderia ser encontrado? Depois Jesus volta e fala com ele, não para fazer propaganda de Si mesmo, mas para revelar-Se a ele, dando-lhe a esperança da salvação.

Fico pensando nos motivos por que insistimos em exibir nossas credenciais. Para quê? Por quê? Para quem? AquEle que precisa conhecê-las já sabe tudo a nosso respeito. É a Deus que prestaremos conta. Os outros não poderão fazer nada por nós quando o grande dia chegar. Aqui tudo é passageiro. 

Encerro por hoje falando de alguém que estava também na crista da onda: João Batista. Toda a cidade corria até ele para o batismo. Era respeitado, admirado. Ele promoveu uma revolução. E diante de seus discípulos, pessoas que o ajudavam muito em seu ministério, talvez até mantenedores dele próprio, ele preferiu sair de cena caladinho, mas não sem antes dizer que ele não era lá "grande coisa", mas, se assim o consideravam, não deviam mais fazê-lo: "É necessário que ele [Jesus] cresça e que eu diminua" (Jo 3:30).

Como aprendemos com os exemplos das escrituras! Opção interessante a de Tiago: entre ser conhecido como irmão de Jesus, um dos principais da igreja ou um escravo do Mestre, opta por ser "um escravo,  um ninguém, sem credenciais a exibir".

"Você sabe quem sou eu?" Estou descobrindo dia a dia.

terça-feira, janeiro 21, 2014

Depois dos Três eFes

Olá! Bom dia! Feliz ano novo! Finalmente escrevo o primeiro post do ano. Já não era sem tempo, afinal, os três "F" se foram. E como eles são necessários! Aproveitei cada um deles e espero que você também.

Os três F são essenciais para o rito de passagem. Precisam ser vividos intensamente. Vejamos quais são.

Primeiro, encaramos o F das Festas, item necessário para esse tempo de transição que é a mudança de ano. O mês de dezembro vem recheado de muitas comemorações. Graças a Deus terminamos o ano celebrando e abrimos o novo ano celebrando. Antes de virar o ano, há um tempo para renovar a aliança com Deus, examinarmos a nós mesmos para ver se realmente estamos na fé, celebrar a coisa mais importante que já nos aconteceu que foi o fato de Jesus nascer para nós e, depois, nascer em nós. É muito importante celebrar a festa do Natal, parar tudo para agradecer, especialmente em família. Amo o que o Natal representa, o nascimento de um Salvador que me deu uma nova família, uma nova oportunidade, a chance de me tornar Sua filha, uma herança, um Conselheiro, uma esperança. Reunir com os nossos parentes para celebrar essas bênçãos é maravilhoso!

Abrir o ano agradecendo, com expectativas renovadas, com festa é sublime também. Celebro a passagem de ano sempre na igreja, louvando a Deus por tudo o que já foi e dizendo que confio nEle e estou certa de que fará sempre o melhor para mim. Assim, posso descansar, sabendo que Ele já escreveu o meu 2014, já visitou cada um dos dias deste novo ano, por isso posso ter as melhores expectativas. 

O segundo F é o da Folga. Nesses tempos de festa, experimentamos alguns dias de folga, alguns feriados. Mas a folga de que estou falando não é a do dia em que não trabalhamos, mas a que damos para nós mesmos. Parece que nos livrarmos, pelo menos temporariamente, da pressão, nos dando a chance de pensar um pouco em nós. Com certeza, comemos coisas gostosas e demos um tempo da balança; compramos roupas novas, caprichamos no visual e nos lembramos de como somos lindos, cheirosos e educados quando queremos; deixamos a solitude e nos alegramos em família; compramos alguns presentes para nós e para os outros, felizes com a nossa generosidade e com a possibilidade de ver alguém sorrir; paramos para cultuar, assistindo a programações maravilhosas nas igrejas. Folga para a balança, para o bolso, para a seriedade, para as exigências da vida, para o relógio, para o mau humor. Folga para nós. Problemas? Só serão resolvidos depois de curtirmos esse F.

Por fim vem o F que eu acabei de gozar: Férias. Quem não experimenta suas próprias férias, mas é pai ou mãe, está a experimentar as férias dos filhos. Há quem reclame. Eu não: me alegro por tê-los em casa, poder estar mais perto, poder vê-los se divertindo sem as obrigações do dever de casa, dos horários. 

Agora é hora da voltar à vida normal. Aliás, hora de recomeçar, mas fazendo tudo melhor.

Gosto de pensar que temos um ano pela frente, na esperança de que Deus nos concederá ainda muita vida para viver. Não estou esperando morrer amanhã, embora tenha a mais absoluta certeza de que estar com Deus é muito melhor do que qualquer coisa que eu possa imaginar para esta vida. Mas sei que ele ainda tem planos pra mim aqui e que ainda há muito a fazer. Então, chegou a hora de renovar as expectativas, de fazer novos planos.

Não queremos terminar o ano de 2014 como terminamos o anterior, não é mesmo? Queremos fazer mais e melhor, ir mais longe, avançar. Sei que você, como a maior parte das pessoas, fez algumas reflexões, alguns balanços do que ganhou e o que perdeu no ano passado, das metas alcançadas e das expectativas frustradas a fim de se corrigir. Muitos terminaram o ano estressados, cansados, desanimados. Por quê? Porque planejaram mais do que conseguiram alcançar, cobraram muito de si mesmos. Para este ano, não querem que isso se repita.

O que deveríamos querer para 2014? O que Deus tem para nós, afinal, Sua vontade é boa, perfeita e agradável. E o que será que Deus quer de nós? Voltemos à Palavra. Está tudo lá. Se conhecermos e obedecermos, nosso ano será um sucesso.

Em Deus o nosso futuro está garantido. Em Suas promessas estamos seguros. Na Sua Palavra temos as garantias de que precisamos. Se confiarmos nEle e Lhe obedecermos, tudo nos irá bem. Temos medo de Deus porque achamos que suas exigências são altas demais, muito além daquilo que podemos realizar. Não é nada disso. Nós nos esquecemos de que Ele enviou seu próprio Filho para morrer por nós, nos deu uma nova família, nos aceitou com seus filhos, nos deu uma herança, fez habitar dentro de nós o Seu próprio Espírito. Quer graça maravilhosa! Deus nos ama. Nada fará com que Ele nos ame mais, nem que nos ame menos, pois já nos ama na totalidade do Seu Ser. 

Conforme vamos amadurecendo, constatamos que a vida é simples, que precisamos de muito pouco para ser feliz e diminuímos nossas exigências e expectativas. Até mesmo em relação a Deus temos expectativas muito elevadas. Achamos que Ele quer tanto de nós que somos incapazes de satisfazê-las, então isso se transforma em um obstáculo no nosso relacionamento e termina por afastar-nos dEle.

Justamente para corrigir o nosso foco, para nos ajudar nas decisões de 2014, que estou certa de que será um ano maravilhoso, trago este texto: “E agora, ó Israel, que é que o Senhor, o seu Deus, pede a você, senão que tema o Senhor, o seu Deus, que ande em todos os seus caminhos, que o ame e que sirva ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e que obedeça aos mandamentos e aos decretos do Senhor, que hoje dou a você para o seu próprio bem?" (Dt 10:12,13).

Não precisamos fazer muita coisa, não precisamos nos cansar, Deus não está fazendo grandes exigências. Aí está tudo que Ele nos pede, Seus bons conselhos para este ano: que tenhamos por Ele, por Seus conselhos, por Sua Palavra um respeito reverente; que andemos em Seus caminhos - deixe-me fazer uma pausa aqui. Veja que Ele quer que nós andemos no caminho dEle e não que O convidemos para andar no nosso. Como diz o livro de Provérbios, há caminhos que ao homem parecem direitos, mas, ao final, são caminhos de morte. Esses são os caminhos do homem. Os de Deus são caminhos de vida.

Mais um conselho: que O amemos e O sirvamos de todo o coração. Por fim, que obedeçamos aos Seus preeceitos para o nosso bem. Só isso. Antes de me despedir, preciso relembrar este texto: "Pois amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são difíceis de obedecer" (I Jo 5:3 NTLH). Em outra tradução: "Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados" (I Jo 5:3 NVI).

Bom, o que Deus quer de nós é isso aí, simples assim.

Feliz 2014 para nós, sem fadiga, sem estresse, sem dor, sem frustrações, agradando a Deus, vivendo nEle e para Ele. É isso que desejo para nós! Andar com Deus a cada dia deste ano é sucesso garantido.