sexta-feira, junho 30, 2017

A Minha Alegria e a Sua Alegria

Eu, porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto; não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados. Isto deliberei por mim mesmo: não voltarei a encontrar-me convosco em tristeza. Porque, se eu vos entristeço, quem me alegrará, senão aquele que está entristecido por mim mesmo? E isto escrevi para que, quando for, não tenha tristeza da parte daqueles que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa. Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida. (II Co 1:23-2:4)

Quando li esse texto não resisti: tinha de compartilhar com você minhas meditações de hoje. Quando uma verdade revelada da Palavra cai em nosso coração é como uma bomba atômica – pelo menos é assim para mim. Aquilo entra e produz tanta vida, tanta alegria que não dá para não parar tudo e pensar a respeito. Como gosto de escrever os pensamentos, aqui estão. Já que você está lendo, pensemos juntos.

O contexto do texto acima é que, em I Coríntios, Paulo escreveu algumas correções que não eram muito fáceis de serem recebidas. Foram palavras duras. E ele recebeu o feedback de que a igreja não havia recebido tranquilamente aquela carta. Alguns foram entristecidos. Ao saber disso, a tristeza deles se tornou também a tristeza de Paulo.

Quem nunca experimentou se entristecer com a reação de alguns a palavras ou atitudes nossas que eram para o bem dos outros? Quem nunca foi incompreendido? Quantas coisas fazemos para abençoar os outros mas acabam causando reações que não imaginávamos?

É interessante perceber que quando entristecemos a outros acabamos por nos entristecer também. E o que fazer nesses momentos? Tentar dar explicações? Pedir satisfação? Paulo fez o seguinte: “Eu, porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que [...] não voltarei a encontrar-me convosco em tristeza.” Quer dizer, ele decidiu não levar a tristeza dele a outros, não contaminar ninguém com os seus sentimentos. Que lição!

Agora vem a parte que mais me chamou a atenção: “Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria”. Uau! Captei vossa mensagem, amado Mestre! Eu sou cooperadora da alegria de outros. Compartilhando: você é cooperador da alegria de outros. Que maravilha! Nasci para cooperar com a alegria de todos aqueles que me cercam, a começar daqueles da minha casa. Meu nome é: mamãe alegria; esposa alegria; filha alegria; amiga alegria; irmã alegria... Forte isso!

E ele continua: “Porque, se eu vos entristeço, quem me alegrará, senão aquele que está entristecido por mim mesmo?” Se eu entristecer alguém, não poderei usufruir da alegria que aquele encontro deveria me proporcionar. Se transmito tristeza, receberei de volta tristeza. Não é muito legal, então, sair por aí transmitindo tristeza, porque quanto mais transmito tristeza, mais a recebo em retorno, portanto, minha tristeza aumenta. Aqui eu faço um paralelo com algo muito precioso que Deus diz em Isaías 43:25: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro mais.” Grifei mesmo, porque achei maravilhoso isto: “por amor de mim”. Deus escolheu nos amar, tem prazer em se relacionar conosco e para que isso seja possível, escolheu nos perdoar porque, se não o fizesse, não poderia Se relacionar conosco e considera isso um prejuízo. Então, por amor a Ele mesmo, para que possa satisfazer Seu desejo de nos amar, nos perdoa. Que demais! Quando fazemos o bem aos outros estamos amando a nós mesmos. Quando perdoamos, estamos nos amando.

E continuo no texto: “E isto escrevi para que, quando for, não tenha tristeza da parte daqueles que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa.” Compreender isto é fundamental: quando alegro outro, alegro a mim mesmo. A alegria do outro me alegra assim como a minha alegria o contagia. Isso é verdadeiro com relação aos outros sentimentos. Quando manifesto minha ira, deixo os outros irados e isso aumenta ainda mais o meu nervosismo. Quanta sabedoria há na Palavra!

E aqui termino: "Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida." Realmente Paulo entristeceu os Coríntios, mas aquela tristeza que provocou com a correção que teve de impor não foi uma consequência de algo que eles lhe tenham feito, uma reação ruim ou um ato impensado do apóstolo, mas uma manifestação de amor de quem sabe que, mesmo resultando em tristeza, algumas correções não podem deixar de serem feitas. Os pais são mestres nisso. É doloroso corrigir os filhos, mas mais doloroso é vê-los colher as consequências de atos que nós poderíamos ter ensinado que não deveriam praticar. Disciplina também é amor. Pode causar tristeza, mas é um ato de amor.

Guardo este tesouro de hoje: devo compartilhar com Deus minhas tristezas e não com os outros para não contaminar aquele que poderia me alegrar. E, acima de tudo, ser uma cooperadora da alegria das pessoas, porque, se há alguma coisa de que o mundo está precisando desesperadamente é de motivos para se alegrar.

Deixo um bom motivo para você estar alegre hoje: Deus é por nós!


quarta-feira, abril 05, 2017

Marqueteiros


E Jesus lhes repondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (Jo 5:17)

Deus está trabalhando, embora a DiaboNews não divulgue isso (essa expressão não é minha; é do Pr. Rozilon Lourenço).

Ontem assisti ao Jornal Nacional, coisa que não faço mais regularmente. Pensando sobre as notícias que ouvi, cheguei à seguinte conclusão: qualquer pessoa “normal” se entristece com a interpretação da realidade dada pela mídia. Não há relato de boas notícias, só tragédias. Ainda bem que há os “loucos” – é assim que Paulo se refere a nós, cristãos – para reinterpretar o que estão a divulgar.

Deus nos chamou para sermos fortes na fé. É isso que se espera de quem tem com Ele uma aliança. Quem é forte na fé sabe que a realidade do Reino, invisível, imperceptível pelos sentidos físicos, é infinitamente mais poderosa do que aquilo que se pode ver ou ouvir. O Reino de Deus está trabalhando. Deus não está parado. Só que seu agir não é visível aos olhos naturais. 

Como disse Jesus, o Reino de Deus é semelhante ao fermento: O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinhas, até que ele se espalhe por toda a massa (Mt 13:33).É estranho ver o fermento trabalhar. Em muita massa, coloca-se um tantinho de nada de fermento. Se compararmos a quantidade de uma coisa e outra, veremos que é muito estranho o que um pouquinho de fermento consegue fazer com tanta massa. Assim que você o coloca ali, ele desaparece completamente.

Somos o fermento do mundo. 
Muito fermento está colocado neste mundo, muito mais do que podemos imaginar. E esse fermento está agindo.

Quem ouve notícias acerca da corrupção, dos acidentes, dos crimes sem reinterpretá-las enxerga o mundo de uma maneira assustadora. Parece que o crime está aumentando, que as pessoas só pioram, que não há saída, que estamos fritos. Não é verdade.

Não há nada melhor do que jogar luz, muita luz em um ambiente sujo para poder limpar os cantinhos que antes não eram vistos. Quando enxergamos cada compartimento da nossa vida, podemos colocar tudo no lugar certo, dispensar o que estava sobrando, agarrar o que é imprescindível, valorizar o que antes era desprezado. Muita informação está acessível, muitos problemas estão sendo resolvidos, muita maldade sendo exposta e isso está trazendo transformação na sociedade. Hoje sabemos de coisas que antes não sabíamos, vemos coisas que antes não nos eram mostradas. E isso é bom, principalmente quando sabemos o que fazer com cada uma dessas informações.

E o que fazer com as informações? Para começo de conversa, orar a respeito de tudo, tudo mesmo!, e de todas as pessoas. Veja só o que Paulo disse: Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2:1). Como eu amo esse texto! Devemos orar por todos – pelo chefe, pelo Presidente da República, pelo marido. O que acontecerá se o fizermos? Teremos uma vida mansa e tranquila. E como orar? Pedindo ao Senhor que abra os olhos deles, que encha o coração de cada um de compaixão, ajude-os em suas tarefas, ensine-os a tomarem sábias decisões, a se unirem a pessoas de bem, a enxergar quem os atrapalha. Tem gente que ora pedindo que sejam depostos de seus cargos, que sejam punidos, que morram... Fala sério: esse tipo de pedido não é da nossa natureza! Como o nosso Pai, desejamos que todos eles sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. E conhecerão a verdade e a verdade os libertará (Jo 8:32).

O Evangelho tem e é uma palavra de esperança. A vida no Reino é de glória em glória. Tudo tem que estar ficando melhor porque nós estamos aqui, fazendo a nossa parte. Se vemos problemas, devemos lembrar que temos soluções. Cristo em nós, a esperança da glória (Cl 1:27).

Sempre que nos defrontarmos com a tristeza ou a desesperança por conta dos relatos do mundo, devemos dizer: "Deus, o que estás fazendo neste mundo? Ajuda-me a ver". E quando enxergarmos, façamos parte da GodNews. Sejamos portador de boas novas, ajudemos as pessoas a entenderem que Deus está assentado no trono do Universo reinando absoluto e que por meio de nós ajuda e abençoa pessoas. Como Ele disse a Abraão, eu repito: Sê tu uma bênção! Nós somos uma bênção. Agora, para ajudarmos as pessoas, devemos prestar atenção no que Deus está fazendo e propagar as notícias do Reino, sendo bons  e eficientes marqueteiros de Deus.


quinta-feira, março 16, 2017

A Mensagem e o Fruto

Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós. E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia. (I Ts 1:2-7)

Se estivermos atentos ao que as pessoas dizem, ouviremos mais do que suas palavras, conheceremos seu coração. Paulo revelou muito de seu coração nas cartas que escreveu. Fico impressionada ao ver o seu amor pelas igrejas, sua seriedade no ministério, seu zelo na fé.

Encontramos várias orações nas cartas de Paulo. Em todas ele inicia dando graças: “Sempre damos graças a Deus por vós todos. É interessante perceber isso, porque algumas igrejas pareciam estar em ótima fase, como a de Efésios, mas outras, como a de Coríntios, nem tanto. Mesmo assim, ele sempre se lembra delas e agradece pelas coisas boas que pôde encontrar naquele povo. Vejo aqui duas lições para mim: orar sempre por algumas pessoas, sobretudo por aqueles a quem estou diretamente relacionada, e sempre começar com ações de graça. Essa é uma arma muito poderosa. Temos que concentrar nosso olhar nas coisas boas para dar graças. Parar diante de Deus para agradecer por alguém transforma nossas exigências, nossas expectativas, nossos julgamentos, faz-nos focar no melhor, e não no pior das pessoas.

Agora passo ao que mais me chamou a atenção no texto acima: a responsabilidade de alguém que transmite a palavra e o fruto decorrente de sua mensagem. Estou convicta de que na maior parte das vezes a falta de fruto nos que ouvem a pregação não é culpa deles mesmos, mas daquele que prega. Veja só o que Paulo diz: “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.” A pregação de Paulo consistia em muito mais do que uma boa mensagem. Ele amava as pessoas a quem pregava e dizia aquilo que o Espírito Santo queria que fosse dito, por isso aquilo vinha acompanhado de dois ingredientes: poder e muita certeza. Sem poder a mensagem é só mais uma historinha e sem certeza não se convence ninguém. E por que algumas mensagens vêm desacompanhadas desse poder? Porque falta ao pregador convicção. Antes de dizer algo, é necessário receber revelação daquilo em nossa própria vida, experimentar, compreender a importância do que se recebeu e se pretende transmitir.

Lembro-me de um conselho de Paulo a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado.” Antes de nos apresentarmos aos homens, sempre nos apresentamos a Deus. Antes que a palavra chegue à nossa boca, Ele já a conhece, por isso confirma com Seu poder e Sua unção ou nos reprova. Paulo revela neste capítulo uma consciência tranquila quanto a estar aprovado diante de Deus, por isso, ainda que o fruto não venha porque o ouvinte não deu crédito à Palavra, ele sabe que fez o que deveria.

E aqui estão os frutos da pregação de Paulo: “Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.” A pregação da Palavra genuína gerou fé naquele povo, por isso seu amor foi acompanhado de obras, não ficou apenas no “blá-blá-blá”, e também lhes deu firmeza. Em outra versão da Bíblia, o texto “paciência da esperança” foi traduzido como “firme esperança”, ou seja, o que ouviram se transformou em convicção, em um alicerce forte. E mais: eles não estavam vivendo um tempo tranquilo. Tessalônica estava vivendo um tempo conturbado, como quase todo o mundo naquela época, mas eles receberam a mensagem com alegria.

Só para terminar, lembro-me aqui de uma advertência de Tiago aos que pregam: “Caros irmãos, não vos torneis muitos de vós mestres, porquanto sabeis que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor” (Ti 3:1). Paulo escreveu: “Vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor.” Precisamos de redobrado cuidado para vivermos o que pregamos, porque, além do fato de que seremos julgados por isso, não podemos nos esquecer de que pessoas estão olhando para nós e imitando nossas ações. Esse não é um lembrete somente para quem ensina em algum lugar, mas algo que, como pais, devemos lembrar. Certamente nossos filhos reproduzirão o que veem em nós muito mais do que o que dizemos a eles.

Qual foi o resultado desse trabalho de Paulo? “De maneira que fostes exemplo para todos os fieis.” Que glória! Imaginem o que é para os pais ouvirem dizer que seus filhos são um exemplo para o mundo inteiro!?! Não há alegria maior. E imaginem o que é para um pregador saber que sua mensagem rendeu tantos frutos, mudou vidas, cidades, nações!?!

quarta-feira, fevereiro 15, 2017

Que Nome!

Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas. Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Então disse aos discípulos: A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita” (Mt 9:35-38).

Alguns dias as minhas meditações mexem tanto comigo que não me aguento, preciso compartilhar. Então vamos lá!

O Filho de Deus veio à terra e fez o que pôde para diminuir o sofrimento dos homens: alimentou, curou, ensinou, encheu a todos de alegria e esperança. Mas na terra Ele era um só, quer dizer, limitado no tempo e no espaço. No corpo, não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo, mas conhecia a necessidade dos homens e quando viu seu sofrimento e o tamanho do trabalho a fazer, encheu-se de compaixão e disse a seus discípulos: A colheita é grande mesmo, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita. Imagine o que é o Deus que é puro amor ter seu coração cheio de compaixão, que coisa poderosa!

A história segue com este versículo incrível: Jesus chamou os seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e curar todas as enfermidades e doenças graves (Mt 10:1). Jesus enviou esses doze homens [...] (Mt 10:5). Como Jesus nos ensina! Como Ele é maravilhoso! Veja só, para começo de conversa, Ele compartilhou da sua própria autoridade, do seu próprio poder com gente que ainda nem estava preparada. Em Mateus 17, os discípulos perguntam a Jesus por que não conseguiram expulsar o demônio de um menino e Ele responde que foi por causa da falta de fé. Quer dizer, sete capítulos depois daquele que relata o envio dos discípulos, outro realça que ainda eram deficientes na fé. Mas Jesus não esperou que estivessem prontos. Ele os enviou para que fizessem o que fossem capazes de fazer.

Recebemos de Deus diferentes dons e estamos em diferentes níveis na caminhada. Alguns são mais maduros; outros, nem tanto. Alguns são mestres, chamados para ensinar; outros, chamados para o ministério de socorros, ou seja, para ajudar. Alguns se dedicarão exclusivamente à obra, outros a desempenharão no desenrolar da própria vida. O importante é que todos podem e devem ajudar a minorar as necessidades do próximo.

Compaixão! Ah, como o mundo precisa disso! Como eu preciso disso, de receber e de manifestar! Preciso da compaixão de Deus e dos outros, do auxílio, do amor! E preciso me mover em direção aos outros movida por compaixão e, assim, auxiliá-los, amá-los, doar-me.

Imagino o senso de valor que possuiu os discípulos quando Jesus compartilhou com eles Sua autoridade, dizendo: “Vão e usem meu nome!” Alguns nomes abrem portas na terra. Quando algumas pessoas dizem: “Sou filho de Fulano”, tapetes vermelhos são estendidos, as pessoas faltam se curvar. Mas isso só vale nos lugares onde o Fulano tem influência, é conhecido e, normalmente, enquanto está vivo. Entretanto, ao nome de Jesus se dobrará todo joelho no céu, na terra e embaixo da terra e sua influência jamais terminará, seu poder jamais terá fim. Que delegação poderosa!

Como discípulos de Jesus, podemos e devemos fazer a nossa parte. Já temos a autoridade necessária: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão (Mc 16:17,18). E como pessoas que se relacionam com outras, devemos lembrá-las de que elas podem ajudar, o mundo precisa delas.

O trabalho continua sendo muito, a seara está cada vez maior, mas pode ficar um pouquinho menor se cada um se envolver e ajudar.

quinta-feira, fevereiro 09, 2017

Até que...

[...] porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir (Jr 1.12).

Você provavelmente conhece a história do Pai da fé, Abraão, alguém que recebeu uma promessa – isto mesmo: 1 (uma) promessa – e a agarrou tão firmemente que, quando o tempo oportuno chegou, estava preparado para seu cumprimento.

Estudiosos da Bíblia resolveram fazer uma contagem do número de promessas nela contidas. Há uma edição da tradução de João Ferreira Almeida que se chama “Bíblia de Promessas”, onde estão sublinhadas mais de 1.100 delas, distribuídas em 71 temas.

É claro que Deus não precisava prometer nada para mim e para você. Ele é Deus! Mas Ele quis prometer, porque é Seu desejo nos abençoar. Ele ama o mundo inteiro, deseja que todos sejam salvos, cheguem ao pleno conhecimento da verdade, andem na luz, sejam prósperos, tenham paz, alegria e toda sorte de coisas boas. Ou seja: jamais desejou que o homem passasse por sofrimento. E como sabe que aflições virão de qualquer maneira porque estamos no mundo, deu-nos alento em Suas promessas. Por que prometeu? Para nos animar, para estimular nossos sonhos e nossa confiança, para que vivamos com esperança.

Nós pais sabemos bem o poder de fazer promessas aos nossos filhos. Eles amam se lembrar delas e, acima de tudo, amam nos lembrar delas. Como mãe, eu ficava mais ansiosa do que meus filhos para entregar seus presentes de natal. Mal podia esperar para ver seus olhinhos brilharem, seus pulos de alegria e sorrisos. Como eu me alegro com a alegria deles! Deus se alegra ainda mais com a nossa alegria.

Se Deus prometeu algo a nós, podemos confiar totalmente. É impossível que Ele minta. A Palavra diz: Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para a glória de Deus, por nosso intermédio (II Co 1:20). Deus só promete o que está disposto a cumprir. Não é como nós, que, às vezes, prometemos e esquecemos, ou prometemos e não temos capacidade de cumprir por uma contingência qualquer ou por termos sido precipitados no falar. Não há contingência que impeça Sua obra e nem precipitação no Todo-Poderoso.

Saber disso deve mudar nossa postura, nossa oração, edificar nossa fé. Não precisamos fazer campanha, gemer e chorar, pôr a cara no pó para Deus cumprir suas promessas. É claro que Ele vai cumprir! Só precisamos parar de precipitação, aguardar Sua obra e não atrapalhar, porque Ele trabalha no tempo perfeito. A promessa só se cumpre quando chegou a hora de se cumprir, o momento exato.

Veja o texto do post: Porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir (Jr 1.12). Sabe o que isso significa? Não só que Ele deseja cumprir Suas promessas, mas que está atento, como um guardião, para realizar aquilo que prometeu. Velar quer dizer não dormir, ficar de vigia, permanecer como uma sentinela. Deus não entregará suas promessas depois da hora. Ele nunca se atrasa.

Não duvide. É muito triste quando duvidam de nós, não é mesmo? Se você espera alguma coisa de Deus – e vale a pena conhecer cada uma de suas promessas e esperar o cumprimento de cada uma delas –, confie. De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Quem duvida não alcança. Mais cedo ou mais tarde sabota sua própria espera. Pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor coisa alguma; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos (Ti 1:6,7).

Se eu tenho prazer em cumprir minhas promessas e abençoar meus filhos, quiçá Deus! Glorificado seja o Senhor, que se compraz na prosperidade do seu servo (Sl 35:27). Nenhuma de Suas promessas cairá por terra. O Pai bondoso jamais se atrasa!

Preciso lembrar, porém, que esperar nem sempre é bom, sabemos disso. E o que fazer quando a espera for dolorosa? Que tal conversar com Deus sobre isso, lembrar-Lhe do que prometeu: Ó vos, os que fazeis lembrar ao Senhor, não descanseis, e não lhes deis a Ele descanso até que [...] (Is 62.6,7)? Quando estiver aflito pelo cumprimento de uma promessa, faça o que fez Habacuque: Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa (Hb 2:1). Diga a Ele o que sente, como tem pressa em que Suas promessas se cumpram. Pode chorar, pode reclamar para Ele – só para Ele –, porque Ele conhece o seu coração. Depois de um tempo de oração, é impossível não sair dali melhor. Ouça o que Ele lhe dirá, porque, por certo, responde. Suas palavras darão consolo, paz e novas forças para prosseguir na caminhada até que as promessas cheguem, porque é assim mesmo: elas chegarão. Com certeza, chegarão! Só precisamos ter paciência para aguardar até que...