quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Aguenta firme; vai passar!

Aflição não é privilégio de ninguém, não vem porque oramos pedindo por ela, não acontece somente aos indoutos, pobres, despreparados ou que erram muito. Faz parte da vida. Jesus avisou isto: Tenho-vos disto isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições (Jo 16.33). Leia de novo o texto e veja algo interessante: ele alerta para que tenhamos paz. Como assim? Não sei quem são as suas companhias, mas tenho provado que muitos, quando nos veem passando por alguma situação difícil, querem nos culpar de coisas que simplesmente não dissemos, não fizemos, nunca estiveram ao nosso alcance ou sob o nosso controle. Não ouça. Tenha paz mesmo na aflição.

A aflição é um fato. Certamente está acontecendo na sua vida. Nunca acontece de tudo estar cem por cento a nosso favor. Quando o problema não está nas finanças, está no emprego; quando não está no casamento, está em outro relacionamento; quando não está na escassez, está na abundância... Todos temos desafios em alguma área.

Os crentes pensam que é preciso orar, jejuar, fazer campanha para sair do problema e que Deus sempre nos livrará. Também pensava assim, mas olha só o que Jesus disse à igreja de Éfeso: Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:9-10). Jesus diz que conhece as tribulações pelas quais estão passando, que eles serão lançados na prisão, que a tribulação tem prazo, e termina de uma forma cruel: seja fiel até a morte e não até que eu tire você da prisão, livre da situação difícil ou até que o prazo seja vencido. Repetindo: em alguns casos, a aflição vai durar até a morte. Misericórdia!!!

Tem gente que é tão grande, tão grande, tão grande que choca. Quero voltar à história de Sadraque, Mesaque e Abedenego, à qual me referi ontem. Os três foram lançados na fornalha exatamente porque decidiram obedecer a Deus. O rei, figura de satanás, deu a eles uma segunda chance de desobedecer ao dizer que deveriam tocar mais uma vez a música e eles poderiam então se curvar diante da estátua senão viria a terrível punição. E aqui está a resposta deles: Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (Dn 3:17-18). Parafraseando: o nosso Deus pode nos livrar, mas pode não nos livrar, mas, pelo sim ou pelo não, faremos o que é certo.

Nada aconteceu como se poderia prever – e normalmente não acontece mesmo. Foram lançados na fornalha aquecida sete vezes mais. E o golpe final do inimigo foi amarrá-los. Qual é o golpe final contra você: uma acusação infundada, uma palavra maldita, a bancarrota, a separação, a perda de algo, o abandono dos amigos?

E aqui vem o desfecho sobrenatural: a fornalha que deveria torrar os homens só conseguiu torrar o golpe final: a corda. A fornalha em que você está vai queimar somente aquilo que o prendia. E durante quanto tempo a aflição vai durar? O suficiente para queimar a corda. Então espere só mais um pouquinho. Está acabando.

Um comentário:

  1. Parabéns minha irmãzinha do coração.
    Eu e a Adriana amamos ler suas publicações.
    Elas tem base, peso, conteúdo. É como uma bela música executada por um grande músico, só traz prazer a quem se predispõe a apreciar.

    Eduardo Vilas Boas

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