quinta-feira, dezembro 29, 2011

Homenagem à minha família

Nada como o tempo! Glória a Deus pelo tempo, glória a Deus pela vida.
Ontem tive um dia dos mais agradáveis do ano - e que ano maravilhoso Deus me deu! Revivi o prazer de ser família, de ter família.

Não escolhemos onde queremos nascer, quem serão nossos pais, nossos familiares. Nós os recebemos como um lindo presente de Deus. E assim os consideramos durante um tempo. Estamos visceralmente ligados aos pais, aos irmãos, à família. Amamos encontrar os primos, os tios, construímos em família nossas melhores histórias, os doces retratos da infância.

Então a gente cresce e por um tempo tudo o que quer é se afastar, provar que somos independentes, suficientes. Na verdade, isso nem seria preciso, porque a própria vida cuida disso. A correria, os milhōes de compromissos, as novas companhias, por si sós, aos poucos nos afastam daqueles a quem estamos conectados para sempre mesmo sem saber.

Aí vem o casamento. Já temos uma carreira, percorremos um bom percurso, demos satisfação da nossa vida a muita gente que nem merece o que somos. A família cresceu, se espalhou, uns poucos ainda fazem parte do nosso círculo de amizade. A maior parte só vemos nas festas de fim de ano, e quando resolvemos comparecer. Sentar e conversar? Relembrar os bons momentos? Não temos tempo. Tanta coisa "importante" nos aguarda.

Mas tem coisas que estão impressas no DNA. E o tempo, antes algoz, agora bom e velho amigo, ajuda. De repente, um ímã que antes repelia, muda o pólo e começa a nos puxar de volta aos nossos melhores anos, às nossas melhores lembranças, ao nosso doce passado redescoberto. É assim. Foi assim ontem. Têm início as reaproximaçōes e não queremos contar as novas histórias, queremos relembrar as antigas.

Ah, delícia de família! Ah, lembranças maravilhosas! Ah, sangue Souza Lima, Souza Pereira, Vilas Bôas de Almeida ou seja lá que sobrenome tenha agora.

Demorou para que eu gostasse do Facebook. Hoje amo. Reencontrei meus tios, meus primos, meus amigos de longa data, gente de quem não tinha notícia há muito tempo. Chorei e orei por causa dele este ano, quando soube dos tios doentes. Ri muito com o bom humor dos primos - em especial vocês, Ju, Deló e Anndreya. Visitei as páginas da vida de alguns que não vejo há séculos e me alegrei muito por vê-los bem, com filhos, com netos, com um grande sorriso no rosto. Refiz laços desfeitos pelo tempo, pela minha insensatez, pela proclamação da independência que não deveria ter ocorrido nunca.

Quero voltar. Vou voltar. Goiânia que me aguarde!

Obrigada, familiares queridos. Reencontrá-los este ano foi tudo. Realmente o sangue fala mais alto. É bom ser a Keilinha do passado; bom sair com a Deló e não com a Pastora Delonise; bom almoçar com a Juliana, profissional de sucesso com uma carreira brilhante pela frente; bom abraçar a Tia Leila que não via há tanto tempo e me acompanhou na caminhada até o altar; maravilhoso encontrar Bibinho e Tavinho, que nem quero chamar pelo nome completo; saber que estou mais próxima de você, Luciano, que não vejo há tanto, tanto tempo. E vou parar por aqui, porque com uma família tão grande isso pode dar bode (kkkkkk).

Querida família, amo vocês muito, muito, muito...

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