sexta-feira, setembro 27, 2013

Surpreendente!

E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação (II Co 5:18-19).

Antes de iniciar o assunto, devo dizer o contexto dos versículos. Percebi que pegar versículos isolados tem feito com que muita gente erre. Então, vamos lá! Quando Paulo diz: “Tudo isto provém de Deus”, está falando sobre a transformação que se opera nas pessoas a partir do dia em que Jesus Cristo entra na vida delas. Precisamos considerar que, quando alguém recebe o Espírito Santo em seu interior, ela passa a ser uma pessoa inteiramente nova. Talvez você queira perguntar: “Mas não parece. Continua fazendo as mesmas coisas”. Bom, isso é por conta da renovação da mente, que é um processo. Os velhos hábitos são deixados de lado vez por vez e a transformação ocorre gradualmente. Pode parecer que nada mudou, externamente você não vê nada, mas há um poder bombástico atuando no interior da pessoa. Ela jamais será a mesma!
“Tudo isto”, essa transformação, “provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo”. Estava lendo esse texto anteontem, quando ele caiu no meu coração. Comecei a pensar: espere aí; Deus era o ofendido e não o ofensor. Não foi Ele quem nos ofendeu, não foi Ele quem nos fez mal, não foi Ele quem se afastou de nós. Mas Ele decidiu se reconciliar conosco? Como assim?
Imagine que você tinha um grande amigo com quem resolveu compartilhar tudo o que tinha. Você era extremamente rico, mas, por amor, resolve repartir da sua riqueza com alguém. Vocês se encontram todos os dias para conversar, têm uma amizade maravilhosa, se divertem juntos. Por causa de você, esse amigo se tornou um grande homem. Sua generosidade para com ele fez dele o que jamais poderia ser sem você.
Um dia, um terceiro invejoso resolve se intrometer nessa relação e começa a dizer ao seu amigo que você fez o que não fez, que você é o que não é, que você disse algo que não haveria a menor possibilidade de você dizer, que as suas intenções para com o seu amigo são as piores, em suma: você é um falso. Esse amigo diz para ele: “Sabe por que o seu amigo fez a você esse único pedido? Porque ele não quer que você seja como ele. Ele não suportará o seu sucesso”. Que mentira! Tudo o que você fez pelo seu amigo foi porque quis.
Como esse terceiro infeliz poderia dizer um absurdo desse e o seu amigo acreditar? Tudo o que ele disse não há a menor possibilidade de se provar. Nada, absolutamente nada é verificável, mas o seu amigo, em vez de compartilhar isso com você, acredita e trai a sua confiança.
Qual não seria a sua decepção, não é? Certamente isso cortaria o seu coração.
Foi isso o que fizemos com Deus. Acreditamos em alguém que não merecia confiança, desprezamos o nosso grande amigo Deus, nos tornamos inimigos dEle, pensando que Sua vontade para nós era nos castigar, nos privar das melhores coisas da terra, restringir os nossos direitos. Ledo engano! Até hoje alguns de nós não conseguimos acreditar que Deus é bom e nos ama. Consideramos os Seus mandamentos um fardo: Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados (I Jo 5.3).
Depois de tudo isso, Ele, repito, Ele mesmo, Deus, o ofendido, o desprezado, o humilhado, o traído, o vilipendiado, a vítima, o caluniado resolve Se reconciliar conosco.
Quem deveria buscar a reconciliação seríamos nós. Quem deveria correr atrás de Deus seríamos nós, afinal, fomos nós que O ofendemos. Mas não. Ele busca a reconciliação e oferece como presente Seu próprio Filho.
Essa terceira pessoa desprezível que se meteu na relação nos enganou, roubou aquilo que era nosso, terminou por nos dominar e nos manteve preso. Para tirar-nos do cárcere, Deus envia o Seu próprio Filho como o preço do nosso resgate. E paga tintim por tintim a nossa dívida.
Fico sem palavras para descrever o amor desse Deus! Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, assim continua o texto lá de cima.
E agora? O que Ele nos pede, depois de tudo o que fez por nós? Duas vezes a mesma coisa está escrita nos versículos aí de cima: “Ele nos deu o ministério da reconciliação; pôs em nós a palavra da reconciliação”. Traduzindo? Ele amou muito a mim e a você, mas não só a nós; a todas as outras pessoas. E o que posso fazer por Ele eu, que tenho uma dívida tão grande? Reconcilie as outras pessoas com Ele, e não se preocupe com o que dizer: Ele pôs em nós a palavra da reconciliação. Fale dEle e está tudo certo. Conte ao mundo que o que Ele fez por você fez por todos os outros. O caminho está aberto. Todos podem sair da prisão em que se mantêm e retomar o relacionamento de amor com esse Deus gracioso. Será que é muito difícil compartilhar tão boa notícia?
Ele trocou a minha dívida impagável por um favorzinho “muito barato”: falar dEle. Se isso não move o nosso coração, ainda não entendemos realmente o que Ele fez por nós!
Jesus o ama, amigo! Vou falar mais devagar: Jesus o ama muuuito!
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica (Rm 8.32,33).


segunda-feira, setembro 09, 2013

O Lugar Importa

Deus fez os lugares antes de fazer as pessoas. Por que será? Não só para preparar o ambiente para o homem, mas também porque este influencia nas suas ações e nas suas emoções. O lugar onde estamos pode fazer crescer o melhor ou o pior de nós.

Nunca me liguei muito para essa história do lugar. Na verdade, nunca achei muito relevante. Pensava que as pessoas faziam o lugar, e não o lugar as pessoas. Mas não é bem assim.

Na minha devocional de hoje, li I Crônicas 8 e 9 e fiquei impressionada com este texto: "O povo de Judá havia sido levado prisioneiro para a Babilônia como castigo pelos seus pecados" (I Cr 9:1b).

Conforme a Bíblia ensina, existe o lugar da bênção e existe o lugar da maldição ou da correção. Deus poderia ter disciplinado os israelitas na sua própria terra? Poderia. Mas não o fez. E por que será? Simplesmente porque existe o lugar da correção. De acordo com o texto acima, o lugar onde o povo seria castigado, entenda castigo como correção, era a Babilônia.

Existem lugares onde gosto muito de ficar na minha casa e outros em que mal entro. Gosto de orar apenas em três lugares, e um deles é o meu predileto: o quarto do Toquinho. Na hora de disciplinar as crianças, também há um lugar específico: o banheiro. Imaginem o que aconteceria se eu colocasse os meninos de castigo na sala de televisão! É claro que isso não ia dar certo. Está vendo como o lugar importa?

Como eu disse, eu não corrijo os meus filhos em qualquer lugar. É claro que quem ficou na terra prometida também foi corrigido, mas a Babilônia foi eleita como o local onde o povo seria duramente castigado - e que castigo!

As leis de Deus são universais e atemporais. Por isso o que serve para uma coisa aplica-se também a muitas outras. Essa questão do lugar não se aplica apenas a pessoas. As plantas sabem disso muito bem. Existem terras onde simplesmente reverdecem e ficam mais bonitas, mais fortes e produzem muito fruto. Em outros locais, simplesmente murcham ou nunca ficam suficientemente viçosas. Viu como existem lugares e lugares?

Em alguns lugares ficamos nervosas, agitadas, falamos bobagem até sem querer. Em outros, ficamos mais contemplativas, mais tranquilas, até mais simpáticas.

Toda essa reflexão pode parecer dizer respeito apenas a um lugar físico, mas não somente. Tem tudo a ver com o lugar físico, sim. Trabalhar no lugar errado nunca vai nos proporcionar o que poderíamos ter no lugar certo, naquele em que os nossos talentos são apreciados, em que somos requisitados e bem-vindos, onde o melhor de nós está visível. Mas existe também um lugar espiritual, que é o principal. Qual é o seu lugar espiritual hoje? Será que está no centro da vontade de Deus?

Só para não deixar passar essa questão, quero lhe dizer que Deus determinou um lugar espiritual para você estar: assentado com Ele nas regiões celestiais, tranquilo, suprido, sabendo que, nas batalhas da vida, você conta com uma ajuda poderosa.

Passei o dia pensando ontem nos lugares por onde tenho passado. Será que tenho ido aos lugares certos ou aos lugares errados? Até para fazer compras há lugar certo. Em alguns mercados a gente gasta horrores, em outros, só um pouquinho. Será que tenho andado nos lugares certos? Infelizmente nem sempre.

Um versículo de Provérbios 3, diz: "Reconhece-O [o Senhor] em todos os teus caminhos". Será que Jesus andaria por onde ando, iria aonde vou? Lembro-me de quantos versículos li que falam sobre caminhos. Um em especial diz: "Há caminhos que ao homem parecem direitos, mas, ao final, são caminhos de morte". O lugar importa, o caminho importa. 

Todas essas considerações me fazem refletir também sobre a importância da igreja. Em nenhum outro lugar encontraremos um ambiente de fé, de milagres, de unção e de revelação como naquele onde os justos se reúnem. Como é gloriosa a igreja de Jesus! Amo ir aos cultos! Não posso perder essas oportunidades. Como disse no início, o ambiente afeta o que cresce em nós. Quero que cresça a minha fé, a minha alegria, a minha paz, a minha longanimidade, e não a minha carne.

É duro pensar estar no lugar certo e não estar. Quantas vezes já me perguntei: o que é que eu estou fazendo aqui?

Se eu tivesse aqui alguma música, deixaria no blog aquela da Nívea que diz: "Existe um lugar, eu sei, no centro da Tua vontade; existe um lugar, eu sei, feito só para mim e é nesse lugar que eu quero estar"...

Analise o lugar onde você está fisicamente e espiritualmente e peça a Deus para conduzi-lo por caminhos planos. É isso o que peço para mim hoje.

Que Deus nos leve aos lugares corretos e não nos permita ir aonde não deveríamos! Da minha parte, estarei atenta. Fazer as escolhas corretas é fundamental.

Escolha hoje andar com a consciência de que aonde você for o Espírito Santo, que habita dentro de você, o acompanha e seu dia será glorioso, sua viagem - esta vida é uma viagem - tranquila e agradável. 

Boa viagem!

sábado, agosto 17, 2013

Carece não!

Depois de muito tempo sem escrever por conta de um projeto pessoal que está caminhando muito bem - estou escrevendo um livro -, preciso compartilhar o que aprendi ontem e desfazer algo que está escrito neste blog em algum lugar. Que bom que a gente cresce, aprende, amadurece e tem a oportunidade de consertar alguns erros! Vamos lá.

Um dia, li este texto aqui: "O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar" (Ti 3:7,8). É preciso ir além de alguns versículos para realmente compreender o que um texto bíblico quer dizer.

Por conta dos versículos acima, eu concluí que era impossível controlar a língua, que somos vítimas de um poder que está em nós e que é tão violento, tão violento que não podemos dominá-lo. Frequentemente somos colocados em situações embaraçosas por nossa própria boca. Deixamos escapar coisas que não deviam ter ocupado nem mesmo os nossos pensamentos. Quando vemos, escapuliu uma observação inoportuna, uma declaração incompatível com aquilo em que acreditamos.

Acho que você já ouviu falar que todos nós, durante o tempo da nossa vida, temos cinco minutos de bobeira. São aqueles momentos em que fazemos alguma coisa que nos traz um profundo arrependimento. Na fala, sinceramente, botem cinco minutos nisso!!!

O que o texto quer dizer não é que não há jeito para a nossa língua, mas que ela exige uma vigilância rigorosa. Vejamos outros versículos desse capítulo: "Todos nós sempre cometemos erros. Quem não comete nenhum erro no que diz é uma pessoa madura, capaz de controlar todo o seu corpo. Até na boca dos cavalos colocamos um freio para que nos obedeçam e assim fazemos com que vão aonde queremos" (Ti 3:2,3). Quer dizer, se controlarmos a boca do cavalo, controlamos seu corpo. Será que o mesmo se aplica ao ser humano?

Bom, que todos nós sempre cometemos erros é um fato. E que grande parte deles começa com o que dizemos também. Veja que o texto diz que quem é bom com as palavras é uma pessoa madura. E maturidade não é uma condição pronta e acabada. Não haverá um dia em que poderemos dizer: "Nossa, como sou maduro!" Estamos amadurecendo dia a dia.

E como acelerar esse processo? O texto nos dá um relance: se controlamos o cavalo pondo um freio na sua boca e assim podemos domar seu corpo inteiro, o mesmo devemos fazer a nós. Um freio na nossa boca é um bom instrumento.

Não errar no que se diz é treinamento. Mesmo que queiramos ficar calados muitas vezes, somos impelidos a falar em algumas situações. Veja só o que ainda diz o texto: "Pensem no navio: grande como é, empurrado por ventos fortes, ele é guiado por um pequeno leme e vai aonde o piloto quer" (Ti 3:4). É o seguinte: os ventos fortes empurram o barco da nossa vida. As pressões, as circunstâncias, o dia a dia nos empurram. Precisamos tomar decisões. Não podemos deixar o nosso barco ao léu, sendo tocado pelos ventos para qualquer lugar. Que os ventos nos empurrarão é fato, mas cabe a nós dar a direção. 

Foi usando as palavras que Deus criou tudo. Ele disse "haja" e houve. Nossas palavras estão criando o nosso mundo, dirigindo a nossa vida. Como diz a Bíblia, a vida e a morte estão no poder da língua.

"É isto o que acontece com a língua: mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas. Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama!" (Ti 3:5). A língua é tão poderosa quanto o fogo. Basta uma pequenina fagulha para começar um incêndio. Basta uma pequenina palavra dita de forma errada para estarmos envolvidos num grande problema. "A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa o seu lugar no nosso corpo e espalha o mal em todo o nosso ser. Com o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda a nossa vida em chamas" (Ti 3:6).

Agora vem a parte curiosa: "Usamos a língua tanto para agradecer ao Senhor e Pai como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldição. Meus irmãos, isso não deve ser assim" (Ti 3:9,10). Quer dizer, usamos a língua tanto para o bem quanto para o mal, mas - porém, contudo, todavia -, não deve, não precisa, não carece ser assim. Aleluia! Sabe o que Tiago está dizendo? Pode ser de outro modo. Não sou escrava da minha língua. Eu mando nela!

Para encerrar, preciso compartilhar com você um texto que o meu marido falou para mim esses dias que caiu como uma luva. Foi este aqui: "Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para irar-se" (Ti 1:19). Essa parte de ser tardio para falar me chamou a atenção. Fiquei pensando: o tardio para falar é aquele sujeito a quem dizemos: "Ei, fulano, diga alguma coisa"! As pessoas assim até incomodam. Normalmente a gente fala, fala, fala, depois, quando vê que aquela pessoa não fala nada, pede a opinião. É preciso estimulá-la a falar. E às vezes ainda dizem: "Não tenho nada para dizer". Chega a dar gastura! (rsss)

Pois é. É assim que eu quero ser: tardia para falar. É melhor que os outros peçam a minha opinião do que me envolver em problemas por ter falado demais. Carece não!

Hora de pôr um freio nos dedos. Já falei demais! (rsss)

Bom dia!!!




domingo, junho 23, 2013

Ore

Estava meditando no livro de Filipenses. É incrível como a gente lê as mesmas coisas, mas a Palavra não se repete. Cada dia um entendimento novo. É tudo "velho", mas é tudo novo. Quer ver isso na Bíblia? "Meus queridos amigos, este mandamento que estou dando a vocês não é novo. É o mandamento antigo, aquele que vocês receberam lá no começo. O mandamento antigo é a mensagem que vocês já ouviram.  Porém o mandamento que eu estou dando a vocês é novo porque a sua verdade é vista em Cristo e também em vocês. Pois a escuridão está passando, e já está brilhando a verdadeira luz" (I Jo 2:7,8). Esse texto já intrigou você? Pois é. Eu ficava tentando entender. Como pode ser velho, mas é novo? O mandamento é o mesmo - "velho" -, o entendimento muda - novo.

A oração que Paulo fez pelos Filipenses enterneceu meu coração. Imaginei ele escrevendo a carta e rindo. É uma carta muito leve. Não deveria ser, porque ele fala que passou necessidade, estava preso quando a escreveu, foi açoitado, passou muitas e más (e não poucas e boas). Além de tudo isso, havia a preocupação com as igrejas que havia implantado, da qual Filipos fazia parte. Sabe qual imagino ser o centro da alegria dele, que mudou a minha visão de muita coisa? Este versículo: "Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" (Fl 1:6).

Sabe, amigo, fica mais fácil viver quando a gente entende que Deus está no controle, não está ocupado, não está esquecido de nós, nem ressentido com alguma coisa errada que tenhamos feito. Haja o que houver Ele não desiste do trabalho que começou. Nunca larga para lá. Ele continua trabalhando por nós: "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera" (Is 64.4).

Não sei que obra pode estar afligindo o seu coração, se são as obrigações com filhos, com carreira, com finanças, com ministério, com o marido, com algum amigo. Eu sei que você pode agora mesmo entregá-la ao Senhor, deixá-lo envolver-se com aquilo que diz respeito a você e descansar, pois, se Ele está envolvido, Ele cuida. 

Só para ajudá-lo mais um pouquinho quero falar sobre o poder da oração. Quando abrimos o nosso coração para Deus há mais que um alívio imediato, há um poder espiritual em ação na esfera espiritual. Tenho colocado algumas coisas diante dEle e repetido alguns assuntos, mas confesso que havia questões que me deixavam aflita, coisas sobre as quais, por mais que eu queira, não tenho controle. De certa forma, eu tentava guiar a Deus, dizendo: "Pai, faça assim, assim e assim". 

Leia este versículo: "Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós" [...] (Ef 3:20). Quero que você entenda duas coisas muito importantes: primeiro, Ele não só é capaz de fazer infinitamente mais e melhor do que tudo o que podemos pensar; Ele quer fazer e faz. Você pede um, Ele dá mil. Você pede pequeno, Ele dá grande. Segundo: não há como limitá-lO. Veja que o verso diz que Ele faz tudo segundo o Seu poder, não segundo a sua capacidade, o seu orçamento, a sua compreensão, os seus recursos, a sua disponibilidade. É de acordo com o poder dEle! Aleluia!

Livre-se do peso! Descanse em Deus. Ele é Pai, é amor, é compaixão, é bondoso, é fiel, é ilimitado, é gracioso! Não há nada que não possa fazer. 

"Entre vocês há alguém que está sofrendo? Ore" (Ti 5:13).

Não importa se o seu pedido hoje é pequeno ou grande. Ore, crendo que Ele responde e faz infinitamente além do que você possa imaginar. E lembre-se: Quem começou a boa obra nunca a abandona. Ele faz tudo completo".

Bom dia!!!

quinta-feira, junho 20, 2013

O Poder da Associação


Conheço inúmeras pessoas que creem que o evangelho é o poder de Deus para uma salvação que diz respeito apenas ao céu. Na verdade, não compreendem o que de fato quer dizer salvação: cura, libertação, promoção, restauração, provisão etc. Para elas, a terra é um lugar de expiação e sofrimento. Alívio? Só no céu.

Não é sem "embasamento bíblico" que assim pensam. Escolhem alguns versículos isolados, juntam com uma "teologia do sofrimento" e "pagam o preço". A ênfase é sobretudo no "carregar a sua cruz" e morrer dia a dia. Evangelho de morte. 

A pregação é antagônica: "venha para Jesus e será salvo". Veio para Jesus? Agora morra para tudo o que você gosta, para tudo o que é bom, participe do sofrimento que garante o céu.

Depois de quatrocentos anos no Egito, Deus Se revela a Moisés e o escolhe para livrar o povo das mãos de um povo que adorava a mais de três mil deuses. "Moisés perguntou: 'Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: Qual é o nome dele? Que lhes direi?'    Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês” (Ex 3:13, 14). Eles conheciam o deus da morte, o deus do Nilo, o deus da colheita, o deus do vento, o deus da tempestade... Por isso Moisés se preocupa com a forma como apresentará a Deus. Ele é o deus de qual especialidade mesmo? De todas. "Eu Sou o que Sou".

Maravilhosamente Deus guiou esse povo pelo deserto para uma terra bendita, onde era preciso dois homens para carregar um cacho de uvas. Fez sinais e prodígios que não deixavam dúvida de que Ele é Deus. E desde o princípio animou o povo a servi-lO com base numa recompensa: "Prometi tirá-los da opressão do Egito para a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus, terra onde há leite e mel com fartura" (Ex 3:17). Gosto de enfatizar: "Tiro vocês da terra onde são escravos e os levo para uma terra onde serão fartos, ricos, supridos, abundantes.

Em Deuteronômio 28, Suas leis são lidas para o povo e Ele esclarece o que quer dizer andar com Ele e andar sem Ele. Primeiro fala das bênçãos. Com Ele: bendito ao entrar, bendito ao sair, bendita a terra, bendito o trabalho, benditos os bens, benditos os animais, bendito tudo o que o povo tocar, bênção, bênção, bênçao. Leia o capítulo e achará maravilhosas promessas lá. Está em todas as Bíblias. Depois Ele avisa como é sem Ele: maldita a terra, malditas as crias dos animais, peste, doença, miséria, tristeza... Ele não é terrorista, não. É que com Ele estamos protegidos do mal; sem Ele, somos presas fáceis de um inimigo especialista em matar, roubar e destruir.

Agora vamos ao texto que motivou este post: "Vocês fizeram bem em se associar às minhas tribulações. Como vocês sabem, filipenses, nos seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês;  pois, estando eu em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês.  Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês enviaram. São uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus (Fl 4:14-18).

Paulo estava preso quando escreveu esse texto e começa dizendo: "vocês fizeram bem em se associar ao meu sofrimento". Já ouvi mensagens sobre isso. Enquanto Deus faz questão de dizer primeiro das recompensas em servi-lO, enquanto escreveu na Bíblia mais de oito mil promessas, há muitos fazendo questão de enfatizar "o preço de servir a Deus", o caminho do sofrimento, como se Jesus já não tivesse pago o bastante, como se o evangelho não fosse um caminho da graça.

Muitos dizem que Paulo está convocando o povo para sofrer com ele: "Associem-se ao meu sofrimento". Ele disse isso? Disse. Mas o que queria dizer? Veja o contexto. Paulo estava preso e passando necessidade. A igreja de Filipos recolheu uma grande oferta e enviou para ele. Eles se associaram ao sofrimento de escassez por que Paulo passava suprindo sua necessidade e não passando fome junto com ele.

Meditemos um pouco a esse respeito. O que Paulo esperava de quem se associava ao sofrimento dele era que o suprisse. Associar-se a quem chora não é chorar com ele. A compaixão é mandamento. É isso que quer dizer chorar com os que choram. Mas ninguém quer por perto alguém que o ajude a chorar o resto da vida. Quer, sim, alguém que o ajude a se animar. Associe-se ao cansado, ajudando a renovar as suas forças: associe-se ao pobre, ajudando a suprir suas necessidades; associe-se ao triste, dando-lhe motivo para sorrir; associe-se ao desanimado, dando-lhe coragem para prosseguir; associe-se a quem está morrendo, dando-lhe motivos para viver. É desse tipo de associação que Paulo está falando. É assim que se associa ao sofrimento de alguém.

O evangelho é poder, é cura, é vida abundante em todos os sentidos. E quanto a carregar a cruz, a morrer para si mesmo? A morte é para o velho homem, a cruz para a velha natureza que já morreu no espírito, mas precisa ser abandonada dia a dia pela renovação da mente. O evangelho não é dor. Dor é não andar com Deus. Dor é ter que viver num mundo caído que ignora as leis espirituais e insiste em infringir os príncipios de Deus.

Encerro falando da transformação poderosa que Cristo proporcionou a nós, da mudança de status. Éramos escravos do pecado sem Cristo. Fazer o mal, gostar do mal era próprio da nossa natureza. A frase "levar vantagem em tudo" nos servia como uma luva. Mas Cristo mudou o nosso status: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo todo seu, para que proclameis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pe 2:9).

Ele nos faz reinar em vida: "Se pela ofensa de um só reinou por ele a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, que é Jesus Cristo" (Rm 5:17). Quando diz reinar em vida é nesta vida mesmo. Lá no céu não precisaremos reinar. Lá está tudo resolvido, é só glória.

Teria mais a dizer, mas preciso me associar àqueles que precisam de mim, não para sofrer com eles, mas para ajudá-los. Jesus nos convida a fazer o mesmo. Seja para quem precisa: ânimo, vigor, alegria, doçura, simplicidade, sorriso, paz, fartura, solução...

Associe-se a quem precisa de você e deseja a sua ajuda!