quinta-feira, setembro 22, 2011

Vitória certa

Agora sim, tenho tempo para sentar e escrever. São as estações da vida. As árvores obedecem a estações, a lua tem suas fases, nós também enfrentamos tempos e tempos, como diz lá em Eclesiastes 3: tempo de calar, tempo de falar...

Muita coisa mudou na minha vida. O horário de trabalho aumentou, retirando um pouco da flexibilidade e da disponibilidade que eu tinha para me deliciar com os pensamentos em voz alta, aliás, em dedos apertados nas teclas daqui. Depois de mais de cinco anos orando, chorando e trabalhando com zelo por uma promoção ela chegou. Aleluia!

Estou num tempo de bonança. Pouca luta? De forma alguma. As lutas são as mesmas, nas mesmas áreas, mas eu mudei. O que antes era um peso grande hoje nem tento carregar. Deixo lá onde está. Finjo que não vejo. Melhor: mostro para Deus. Digo: Senhor, continua lá e eu ainda estou esperando pela Tua Palavra que diz: "As nossas obras, Tu as fazes por nós".

Outro dia estava lendo o livro de Josué e deparei-me com um texto que foi para mim como um bálsamo. "Aí está a terra que eu estou dando a vocês. Eu, o Senhor, jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, os antepassados de vocês, que daria essa terra a eles e aos seus descendentes. Portanto, vão e tomem posse dela.” (Dt 1:8). Aqui o texto informa que Deus tinha dado a terra ao povo, "dadinho da silva".

Quando penso que ganhei alguma coisa, o único trabalho que imagino ter é desembrulhar o presente, o que é extremamente prazeroso e indolor. Interessante isso. Deus disse que deu a terra. Então que outra coisa poderia passar pela cabeça de quem recebe senão carregar as tendas e armá-las o mais perto possível de lindas cachoeiras e árvores frutíferas? Mas a proposta de Deus era bem mais do que isso.

Mais tarde, a Bíblia relata que a terra era povoada por gente forte, havia gigantes, muralhas fortificadas, ou seja, para possuí-la, seria necessário travar grandes batalhas. Inicialmente você pode, como eu, pensar: que presente de grego! Muito pelo contrário - desculpe a expressão tão deselegante! -, Deus daria a eles mais do que a terra. Não adianta presentear alguém com algo que este é incapaz de manter. O Senhor ensinaria a eles como manter o presente.

O que seria de alguém que ganhasse uma Ferrari sem dinheiro para pagar o seguro, os impostos, as despesas que o carro traz? Pois é. Deus é infinito em sabedoria. O povo hebreu vivia uma época em que, para conquistar territórios, era necessário empreender grandes batalhas. Se a terra era tão boa como Deus havia dito - e de fato o era -, os homens precisariam estar preparados para guerrear por ela. No fundo, o que o Senhor estava propondo a eles era um presente completo. Guerrearia com eles e por eles, daria a terra e tudo o que nela estava contido e tudo aconteceria de uma forma que os povos de lá retirados teriam temor dos novos habitantes, de sorte que estes poderiam viver em paz, pois ninguém teria coragem de chamá-los à guerra.

A parte de Deus estava pronta: "Está consumado"! Ainda hoje, tudo o que Ele tem para nós está pronto. A parte do homem era entrar na batalha e conquistar. Terminada a batalha, conquistado o território, o resultado não era apenas a posse, mas preparo, força, coragem para, se necessário, empreender novas guerras para mantê-la. Quem guerreou uma vez e venceu está pronto e fortalecido para novas batalhas.

Ainda hoje é assim. O que Ele quer me dar está reservado. Basta eu empreender as batalhas e tomar posse de Suas dádivas. Dá medo, desconforto, desgasta muito, mas vida e batalha são sinônimos. Sua batalha está ganha. Vá lá. Jogue a pedra no gigante, grite bem alto até a muralha cair, mergulhe sete vezes no rio até ficar limpo, toque na orla de Jesus e seja curado. Lembre-se sempre, como eu tenho me forçado a relembrar: Em todas essas coisas, porém, somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou (Rm 8.37).

Beijo.

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